
“Tem um momento do projeto que me lembro com muito carinho. A professora escolheu uma música e tínhamos que montar uma sequência de movimentos com ela. Enquanto um grupo se apresentava, a professora pediu para repetir sem parar e entrou junto com o grupo. Aos poucos toda turma participou e realizou os movimentos de um jeito espontâneo e simples. Nada daquilo tinha sido planejado, foi um dia alegre e cheio de energia”, conta Emilly Charleaux Mendes, que participou do projeto Palco Escola de 2012 a 2014. “Hoje sou formada em Artes Cênicas e sou professora de teatro para crianças. Levo para minhas aulas tudo aquilo que aprendi quando criança. Ajudo meus alunos a encontrarem coragem em seus corações, usarem sua criatividade. Espero que possam ter lembranças tão especiais quanto as que eu guardo do projeto Palco Escola.”
“Depois que comecei a fazer teatro no projeto Palco Escola, muita coisa mudou em minha vida, porque além de trabalhar o teatro com as crianças e adolescentes, eles trabalham vários outros aspectos da vida e sobre a vida. Sempre ajudando quem precisa, presente na vida de todos sempre se preocupando com cada um”, afirma Luís Gustavo Amaral, ex-aluno do projeto.
“Meu filho sempre teve interesse e vontade de fazer teatro. Na maioria dos lugares pesquisados tinha que pagar. Eu não tinha condições de manter ele nesses lugares. Durante nossas pesquisas, encontramos o projeto Palco Escola, para crianças e jovens de escolas públicas. Era o que o meu filho precisava na vida dele. Se tornou uma pessoa muito feliz e desde então carrega consigo essa felicidade de ser um ator”, lembra Adeni Aparecida da Fonseca, mãe do aluno Vinícius Felix.
Depoimentos como esses acima são pequenas amostras de como um projeto social pode mudar vidas. Seja por estender a mão aos mais necessitados, oferecendo uma refeição descente, seja dando oportunidade de acesso à cultura. É o caso da Associação Palco Escola – Ação em Valores Humanos, que mantém os projetos de arte educação voltados a crianças, adolescentes e jovens com idade entre 7 e 18 anos, oriundos da Rede Pública de Ensino, com dificuldade de acesso aos bens culturais e expostos à vulnerabilidade socioeconômica, em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e ainda crianças e adolescentes, moradores de casas lares. “Acreditamos que arte não é um privilégio, é direito de todas e todos, é uma ferramenta de transformação, educação e socialização. Por isso, buscamos contribuir com o desenvolvimento integral e artístico de crianças, adolescentes e jovens expostos a vulnerabilidade pessoal e social, utilizando a arte, a cultura e a educação em direitos humanos em projetos e socioeducativos e socioculturais que transformam vidas dentro e fora dos palcos”, afirma Giselle Lima, cofundadora e presidente da entidade.
O projeto oferece gratuitamente e semanalmente atividades socioeducativas de convivência criativa, por meio de oficinas de arte educativas de expressão cênica interagindo com as expressões sonora, plástica, corporal, oral, criação literária, criação audiovisual, entre outras atividades complementares.
“A essência do projeto Palco Escola é mostrar que a arte, em suas inúmeras expressões e manifestações, tem sido reconhecida, cada vez mais, como um importante instrumento para a educação integral e a transformação social das crianças, adolescentes e jovens do nosso país.”
Giselle Lima, cofundadora e presidente da Associação Palco Escola – Ação em Valores Humanos.
FICHA
Associação Palco Escola – Ação em Valores Humanos (antiga Amigos do Pé no Palco)
Quando começou: Em 2002.
Forma de atuação: Equipe própria e voluntariado.
Quais são as ações praticadas: Cursos de artes e educação em direitos humanos.
Quantas pessoas atende: Crianças, adolescentes e jovens entre 7 e 18 anos, oriundos da Rede Pública de Ensino de Curitiba e região. Nos 21 anos de existência o projeto já impactou cerca de 8 mil estudantes.
Parceria com órgãos públicos: Não há.
Como colaborar: Os interessados em conhecer o projeto podem acessar o site da entidade (www.palcoescola.com.br), pelo telefone (41) 99161-7383 ou pelo Instagram (@palcoescola). O Palco Escola aceita ajuda de voluntários e doações de alimentos (para o lanche dos alunos do projeto), materiais de escritório e para a confecção de cenários e figurinos.
O projeto Rede do Bem
Para comemorar os seus 40 anos, o Bem Paraná criou o projeto Rede do Bem, que vai reunir o perfil de 40 entidades e ONGs de Curitiba voltadas a ajudar causas relevantes para sociedade. Até a data do aniversário do Bem Paraná, no dia 17 de junho deste ano, serão publicados os perfis das entidades às quartas, quintas e sexta, com o objetivo de divulgar o trabalho e assim fomentar a participação da sociedade.