Algumas das voluntárias da Rede Feminina de Combate ao Câncer: humanização do tratamento (foto: Acervo / Rede Feminina de Combate ao Câncer)

“Angariar recursos para a manutenção, hospitalização e tratamento dos cancerosos pobres, assim como aquisição de aparelhamento médico cirúrgico e pessoal para melhor assistir os doentes. Promoverá ainda campanha de educação popular de combate ao câncer.” Este lema faz parte da ata de fundação da Liga Paranaense de Combate ao Câncer (LPCC), criada em 8 de março de 1947, ação embrionária do que viria a ser o Hospital Erasto Gaertner, que começou a ser construído em meados da década de 1950, no bairro Jardim das Américas, em Curitiba. O hospital foi inaugurado em 8 de dezembro de 1972.

Em 1954, foi criada a Rede Feminina de Combate ao Câncer (RFCC) com o objetivo de angariar recursos para a construção de um abrigo para pessoas com câncer. Quase 70 anos depois, a entidade, que nasceu pelas mãos de Anitta Gaertner, esposa do médico Erasto Gaertner, está presente em 19 regiões do Paraná. A rede mantém também unidades em outros estados brasileiros.

“A iniciativa de se montar uma rede feminina de combate ao câncer veio da dona Anitta Gaertner quando buscavam recursos para construir o então hospital Erasto Gaertner. Em 70 anos de história, as atividades da rede feminina foram sendo ampliadas. Lógico que no início tudo era muito direcionado às atividades operacionais, na ajuda ao hospital, que estava sendo construído, iniciando suas atividades. Então, o voluntariado tinha uma ação específica no cuidado com os pacientes e também arrecadando recursos para que essa construção acontecesse da forma mais rápida possível e os pacientes começassem a ser beneficiados o quanto antes”, conta Ângela Zanlorenzi, presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer.

Hoje o público-alvo da Rede Feminina são os pacientes SUS atendidos por todo o complexo de saúde Erasto Gaertner. “A nossa missão é assistir aos pacientes em todas as suas demandas necessárias durante o período de permanência aqui no hospital, por alguma intercorrência, mas principalmente após a alta hospitalar, esses pacientes que não têm tantas condições, inclusive de aderir ao tratamento ou de dar continuidade ao tratamento em casa, a Rede Feminina faz esse assistencialismo e desenvolve projetos voltados à humanização do combate ao câncer”, afirma Ângela.

Voluntários

O trabalho da entidade é mantido por meio de doações. Todas as buscam a humanização do tratamento do câncer, com a premissa de custo zero aos pacientes. A instituição conta com o trabalho de voluntários, chamados de anjos de rosa e azul, que são credenciados e prestam serviços no mínimo por quatro horas semanais e podem trabalhar dentro dos hospitais, no assistencialismo, assim como dentro da Casa Rosa, na parte administrativa e também na confecção de produtos destinados à venda para arrecadar recursos para os projetos da Rede Feminina.

“Dependemos exclusivamente de doações para que todos os projetos da Rede Feminina sejam executados e os pacientes SUS sejam beneficiados.”

Ângela Zanlorenzi, presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer.

FICHA

Rede Feminina de Combate ao Câncer
Quando começou: Em 1954.
Forma de atuação: Voluntariado.
Quais são as ações praticadas: Atendimento a doentes com câncer e assistência aos familiares.
Atuação: Em 19 regiões do Paraná e em outros estados do país.
Parceria com órgãos públicos: Não há.
Como colaborar: O projeto aceita ajuda de voluntários e doações. Interessados podem buscar mais informações no site www.erastogaertner.com.br.

O projeto Rede do Bem
Para comemorar os seus 40 anos, o Bem Paraná criou o projeto Rede do Bem, que vai reunir o perfil de 40 entidades e ONGs de Curitiba voltadas a ajudar causas relevantes para sociedade. Até a data do aniversário do Bem Paraná, no dia 17 de junho deste ano, serão publicados os perfis das entidades às quartas, quintas e sexta, com o objetivo de divulgar o trabalho e assim fomentar a participação da sociedade.