Quantos cães e gatos vivem em Curitiba? A Prefeitura de Curitiba espera ter essa resposta até agosto deste ano. O levantamento começou em março. O censo pretende mostrar o número de animais domiciliados; os que têm tutores, mas tem acesso a vias; e os que vivem nas ruas da capital. Em dezembro do ano passado, a Prefeitura estimava que 13,5 mil cães e gatos viviam nas ruas do município. Com o censo, o poder público terá números mais precisos e promete criar políticas públicas de proteção animal mais efetivas, como mutirões de castração gratuita.
Enquanto o poder público busca dimensionar quantos cachorros e gatos vivem na capital do estado, organizações não governamentais como a Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba atuam na prática para dar suporte a quem tem um bicho, mas não possui recursos para fazer os cuidados necessários para dar qualidade de vida aos animais. Criada em 1972, a instituição começou com um escritório para orientação da população, depois foi criada a clínica para fazer os atendimentos e o canil para acolhimento de animais em situação de abandono ou vítimas de maus tratos. “Oferecemos valores acessíveis para que pessoas de menor poder aquisitivo possam levar seus animais para atendimento com veterinários”, afirma Soraya Simon, voluntária desde 2001 e representante legal da Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba desde 2008.
A entidade mantém uma chácara no bairro Santa Cândida, em Curitiba, onde abriga atualmente cerca de 200 animais resgatados. Eles são tratados e ficam à disposição para doação. A ONG usa seus perfis nas redes sociais para buscar tutores para os cães e gatos. Também por meio das redes sociais, a instituição faz campanhas para arrecadar ração para alimentar os animais e garantir qualidade de vida melhor a eles.
De acordo com uma pesquisa recente do Instituto Pet Brasil, o país tinha 184.960 bichos resgatados por ONGs ou protetores. O levantamento Animais em Condição de Vulnerabilidade (ACV) mostra que desse universo, 96% são cães. O restante são gatos. São considerados animais vulneráveis os que estão nas ruas dos municípios, mas recebem cuidados da população da região e os que têm como tutores famílias abaixo da linha da pobreza.
Maus tratos
Recentemente, a Prefeitura de Curitiba sancionou a Lei 16.038/2022 que amplia a classificação de ações que podem ser consideradas maus tratos, como deixar animais soltos em vias públicas; não garantir tratamento a bichos doentes; ou ter animais acima da capacidade para garantir cuidados.
Ações como esta são apoiadas por integrantes de ONGs que cuidam de animais, como a Sociedade Protetora, que dizem acreditar que apenas a ampliação na capacidade de verificar denúncias e a elaboração de campanhas educativas vão conseguir responsabilizar e alertar para os cuidados necessários com os animais.
Frase
“A Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba tem o objetivo de ajudar os animais em situação de abandono ou vítimas de maus tratos. A entidade sobrevive da renda da clínica mantida pela instituição e de colaborações da população.”
Soraya Simon, voluntária desde 2001 e representante legal da Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba desde 2008.
FICHA
Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba
Quando começou: Foi fundada em 1972.
Forma de atuação: Voluntariado.
Quais são as ações praticadas: Atendimento a animais em situação de abandono ou vítimas de maus tratos. A clínica mantida pela SPAC trata de animais com tutores de menor poder aquisitivo.
Quantos animais atende: Hoje mantém 200 animais.
Parceria com órgãos públicos: Encaminhamento e registro de denúncias.
Como colaborar: Doações de ração, produtos de limpeza, cobertores, jornal velho, papelão e financeiramente por meio da chave PIX institucional@spacuritiba.org.br.
O projeto Rede do Bem
Para comemorar os seus 40 anos, o Bem Paraná criou o projeto Rede do Bem, que vai reunir o perfil de 40 entidades e ONGs de Curitiba voltadas a ajudar causas relevantes para sociedade. Até a data do aniversário do Bem Paraná, no dia 17 de junho deste ano, serão publicados os perfis das entidades às quartas, quintas e sexta, com o objetivo de divulgar o trabalho e assim fomentar a participação da sociedade.