Especialista alerta para cuidados com carregadores de bebê

Alguns podem aprofundar problemas como a temida displasia do quadril

Redação Bem Paraná

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Práticos e confortáveis, carregadores de bebê, assim como os slings, fazem sucesso entre as mães modernas. Porém, antes de adquirir um, é importante a atenção aos detalhes para que não façam mal ao bebê!

Muitos pais não imaginam o problema que a criança pode vir a ter se usarem carregadores de bebê inadequados. Eles podem forçar a criança a ficar em posição errada e, com isso, desenvolver a tão temida displasia do quadril.

Mas, afinal, o que é displasia do quadril? Segundo o médico ortopedista pediátrico David Nordon, trata-se de uma alteração do desenvolvimento do quadril do nenê na qual ele fica progressivamente mais deformado e fora do lugar. “Isso acontece por várias causas. Porém, a principal é a pela posição em que fica no útero e também depois de nascer. Algumas posições forçam o osso da coxa para fora do osso da bacia, como, por exemplo, quando ele fica com joelhos e coxas esticadas e próximas entre si”, explica.

De acordo com Nordon, é aí que os carregadores de bebê entram. Se deixarem os quadris nesta posição, especialmente logo após o nascimento, a doença pode se desenvolver em crianças nas quais a frouxidão ligamentar normalmente evoluiria para um quadril normal.

Para evitar esse problema que pode comprometer a saúde e qualidade de vida da criança, o médico diferencia os carregadores e alerta para os mais indicados. “Existem os cangurus considerados ergonômicos, ou seja, com a base alargada, de forma que o bumbum inteiro do bebê fique apoiado, como se estivesse sentado em uma cadeira; e os não ergonômicos, nos quais a base é mais estreita e todo o apoio fica na virilha do nenê. Os ergonômicos são mais seguros e confortáveis para a criança”, explica.

Nos slings, feitos de tecidos amarrados ao corpo para apoiar a criança, pode-se colocar o bebê tanto virado para quem o carrega, como de lado ou nas costas. “Isso depende da maturidade da criança e da capacidade de manter sua coluna em posição correta e a cabeça apoiada; mas, no geral, todas as formas são saudáveis para os quadris”, orienta.

As figuras acima são do International Hip Dysplasia Institute e mostram as maneiras corretas de se carregar o bebê. “Basicamente, na posição de sapinho ou cavalgada. As coxas precisam ficar abertas e fletidas, como se ele estivesse sentado. Com isso, os slings, que sempre apresentam uma base de apoio maior para as nádegas do bebê, são melhores do que os carregadores de base menor. Cadeirinhas de carro que provoquem o afastamento das coxas funcionam do mesmo jeito”, finaliza o médico ortopedista pediátrico David Nordon.