Embora as facilidades e a qualidade cada vez melhor das câmeras digitais — já há filmadoras que gravam em alta definição — estejam seduzindo os cineastas, há os que ainda olhem a tecnologia com desconfiança. O diretor Toni Venturi, 50 anos, já produz no formato — o seu último documentário, “Dia de Festa”, por exemplo —, mas o seu próximo longa de ficção, “Anjos da Noite”, será gravado em película.
“Para o documentário, preciso de portabilidade. E a câmera digital me dá isso, além de ser econômica. Já, para o longa, quero melhor qualidade na imagem. Ainda não há boas lentes para câmeras digitais. Mas isso está melhorando.
O “Anjos da Noite” deverá ser a minha despedida da película.”
Já Cakoff, da Mostra Internacional, não vê diferença entre o digital e a película. “É irrelevante essa discussão. Tudo depende do que o cineasta busca. Há câmeras digitais muito boas”. (RM)