LUCAS NEVES, ENVIADO ESPECIAL
PARATY, RJ (FOLHAPRESS) – A escritora Conceição Evaristo, que esteve no domingo (30) à frente de uma das mesas mais festejadas da Flip, não anda autografando só livros em Paraty.
Os admiradores da autora também a abordam para pedir rubricas em garrafas de cerveja de trigo de 600 ml. Foto e nome dela estampam o rótulo da bebida.
Trata-se de um lançamento da Cervejaria Feminista, empresa carioca que tem cinco mulheres como sócias -uma delas é Andreia Prestes, neta de Luís Carlos Prestes (1898-1990). O primeiro produto da casa, fundada no fim de 2016, chamava-se Maria Prestes, em homenagem à viúva do líder comunista.
“Não estamos vendendo só o líquido mas também um questionamento ao machismo, ao estereótipo de que mulher não entende de cerveja, não a consome e não sabe produzi-la”, disse Elaine Barbosa, 36, uma das sócias.
Barbosa diz que, em sua composição, a bebida leva notas de banana e canela. “O sabor não é aleatório. Fizemos degustações com a Conceição. Ela pediu que fosse forte, encorpada.”
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