GIULIANA MESQUITA E KAREN VILLERVA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Com a ajuda da família da maior representante feminina do movimento artístico do século XX, a Osklen apresentou uma coleção cheia de brasilidade e links com a arte de Tarsila do Amaral.
O diretor criativo Oskar Metsavaht contrapôs tecidos com aspecto cru como seda, linho e algodão a lenços, vestidos e tops ultra coloridos estampados com as obras consagradas da artista.
Tops bem estruturados com técnicas de moulage também apareceram ao lado de silhuetas mais fluídas com a cara da Osklen.
O desfile começou com um bloco monocromático em tons neutros pontuados por estampas de esboços de Amaral e evoluiu em looks inteiros vermelhos, uma alusão ao autorretrato Mantea Rouge.
Em seguida, obras completas da artista modernista como o Abopuru.
A qualidade do acabamento e da construção desta coleção mostra que Metsavaht conseguiu trazer, com sucesso, a obra de uma das maiores artistas brasileiras ao palco da SPFW.
MAQUIAGEM
A beauty artist Amanda Schön se inspirou no DNA despojado e natural da Osklen para compor a beleza do desfile da marca nessa edição do SPFW.
Como a coleção, inspirada em Tarsila do Amaral, é vibrante e cheia de estampas, a ideia da maquiadora foi apostar na beleza natural das modelos. “Quisemos deixar a roupa estrelar e por isso apostamos numa beleza pura, crua, que estamos chamando de raw”, diz Schön.
Pra poder usar o mínimo de maquiagem possível, a equipe priorizou o cuidado com a pele e, além da hidratação e da drenagem, fizeram tratamentos específicos para cada modelo: esfoliação, máscara de argila e máscara de luminosidade foram algumas das técnicas usadas. Isso para poder trazer essa beleza de dentro.
Máscara de sobrancelha foi usada para pentear cílios e sobrancelhas, enquanto corretivo e balm foram usados em poucos casos e de maneira pontual. Os cabelos seguiram a linha natural do make.
“Respeitamos a textura de cada cabelo. Os presos estão de maneira despojada, estilo fui eu que fiz”, diz Schön.
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