Melissa, mais uma perua para o currículo de Christiane Torloni

Nesse estilo de interpretação, atriz garante que já se tornou uma especialista

Redação Bem Paraná

Quando um autor de novela pensa em alguém para fazer uma personagem que precisa entender de moda, apreciar viagens internacionais e restaurantes de requinte, pode chamar a atriz Christiane Torloni. Sim, porque, nesse estilo de interpretação, ela garante que já se tornou uma especialista. “Tenho uma escola de peruas no meu currículo de novelas.”

A mais popular delas foi a Haydée, de “América” (2005), uma milionária que sofria de cleptomania. Agora, a atriz engata mais uma socialite na telinha, a rica Melissa, de “Caminho das Índias”. Dessa vez, além dos shoppings, dos cruzeiros e das festas regadas a canapé, a atriz se envolve em uma discussão social: a dos doentes mentais. “Acho que a Melissa é a primeira dessa escola de peruas que realmente passará por uma mudança de comportamento”, adianta Torloni.

A atriz diz isso porque, em outras personagens, como a Laila de “Um Anjo Caiu do Céu” (2001), as preocupações de suas peruas sempre ficavam restritas a “cuidar” excessivamente da vida dos filhos. “A Laila e a Melissa são muito próximas, posso dizer que a Laila é a mentora espiritual da Melissa. O que muda é que o problema do Tarso (Bruno Gagliasso) será muito mais sério e, por isso, insisto que a Melissa é uma perua diferente, os problemas da ‘vidinha’ dela vão fazer com que ela abra a mente”, analisa a atriz.

Ainda traçando paralelos entre suas personagens, Torloni fala sobre a bonitona Sônia Amarante, de “Beleza Pura” (2008).”Ela foi um tanto irresponsável, afinal abandonou a filha aos 16 anos em um orfanato para não atrapalhar a vida dela, ao contrário da Melissa que gruda como um chiclete no pé do filho”, compara.

O motivo de tanta preocupação com o jovem? “Ele tem olhos azuis lindos que, segundo ela, não são merecidos por nenhuma garota. É muito engraçado esse apego. Por isso que a Tônia (Marjorie Estiano) vai sofrer, e muito.” Mas a excessiva preocupação com o filho promete ficar pior no desenrolar da trama, afinal, tantos cuidados da mãe e a pressão do pai para ser um grande empresário vão ajudar Tarso a desenvolver mais rápido a esquizofrenia. “Na verdade, a loucura do Tarso é a continuação da Haydée, uma sementinha que a Glória (Perez) estava regando para ‘caminho’ “, aposta a atriz.

Torloni ainda diz que ficou agradecida por não ter viajado para a Índia nas gravações. “Meu gosto pela Índia é bem particular, por isso gostei de ter ficado no Brasil. Mas, para o público, é bom o contato com a cultura de lá, eles têm muitas coisas a nos ensinar.”