SÓ PODE SER REPRODUZIDA COM ASSINATURA
CHICO FELITTI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Laura Cardoso é econômica com palavras. Ao menos fora do palco. Uma das maiores atrizes do Brasil, ela respondeu com 19 palavras às dez perguntas que a reportagem fez sobre o ofício quando a colocou ao lado de Patrick Amstalden, um nome que desponta nos musicais, para falar sobre o que é ser ator.
O minimalismo não deve ser confundido com laconismo. A veterana, que foi tema da “Ocupação Laura Cardoso”, que encheu o Itaú Cultural, em São Paulo, de registros das suas quase oito décadas de carreira, demonstrou alegria de encontrar com um jovem colega.
As palavras contadas são uma escolha estética de uma artista para quem o mundo deveria ver todos os filmes de Charles Chaplin, mudos.
Leia abaixo a entrevista.
PERGUNTA: Em que você está trabalhando neste exato momento?
LAURA CARDOSO: Estou lendo muito.
P.: Teve alguma obra que te levou a querer ser artista? Qual, quando e por quê?
L.C.: Eu nasci querendo ser atriz.
P.: Qual foi o momento em que você olhou no espelho e pensou: sou atriz?
L.C.: Nunca.
P.: Tem algum momento em que olhe no espelho e pense: não sou atriz? Quando?
L.C.: Nunca.
P.: Qual é seu conselho para alguém que quer ser artista?
L.C.: Muita dedicação.
P.: Qual foi o melhor conselho que recebeu quanto ao ofício?
L.C.: Estudo e dedicação.
P.: Que palavra define sua relação com a arte hoje?
L.C.: Profissionalismo.
P.: Qual definia quando começou?
L.C.: Trabalho.
P.: Se não fosse atriz, seria o quê?
L.C.: Dançarina.
P.: Uma obra essencial, que gostaria que todos vissem?
L.C.: Todos os filmes de Chaplin.