Texto publicado por determinação do 3º Juizado Especial Criminal de Curitiba, em acordo judicial:





Transformar o Mundo através do Feminismo!


O título muitas
vezes causa de início ojeriza por parte de muitos. Pois bem, é
necessário conhecer e compreender o que é o Feminismo.


Há quem acredite
que seja uma praga social e “um bando de mulheres que queimam sutiãs e
incitam a uma ditadura das Vaginas!”. Tcs tcs tcs!! É reduzir e querer
desarticular um movimento que cada vez mais cresce e contribui para a
pluralidade e igualdade social. Primeiramente porque hoje não existe “O
Feminismo!” mas uma gama de correntes feministas, que se destacam
principalmente pelos momentos históricos.

São baseadas em teorias
marxistas, anarquistas, estruturalistas e pós-estruturalistas, entre
outras, das quais grandes exponenciais são: Valerie Solanas, Patrícia
Galvão, Emma Goldmann, Simone de Beauvoir, e as minhas preferidas
Judith Butler e Susan Sontag. Além de escritores que visibilizam o
universo feminista: Machado de Assis, Virginia Wolff, Anais Nïn,
Florbela Espanca…


Este ano ocorrem
em todo o Brasil conferências municipais, regionais e estaduais de
Políticas para as Mulheres, sendo que em Curitiba aconteceu em março, a
Regional Metropolitana ocorrerá na próxima quarta, e a Nacional se
realizará no mês de agosto em Brasília, com o objetivo de debater e
indicar ações numa perspectiva de gênero o Mundo do Trabalho, 
Educação, Saúde, Violência e Poder, bem como a implementação/gestão do
Plano Nacional de Políticas para as Mulheres.


É importante a
participação de todas as pessoas nestes espaços. Desta forma
construímos coletivamente políticas públicas a fim de enfrentar a
violência sofrida pelas mulheres, também a consolidar a eqüidade
salarial entre homens e mulheres, ainda implementar um sistema de saúde
humanizado a fim de não tratar as mulheres apenas como reprodutoras.
Isto é Feminismo na Prática!


E é nesse
sentido que acredito que é através do feminismo que transformaremos o
mundo, para um em que todos sejam respeitados e que haja pluralidade e
paz.






Xênia Mello

[email protected]

Greca, a incógnita

É cedo para fazer um prognóstico do que serão as eleições para a
prefeitura de Curitiba no ano que vem. Mas como os magos andam
acionando as bolas de cristal, banquemos aqui também a pitonisa. Salvo
o expediente reeleitoral ser eliminado na anunciada reforma política, é
certo que o prefeito Beto Richa deverá concorrer a mais um mandato. 
Assim como parece certo que a petista Gleisi Hoffmann, turbinada pelo
desempenho na campanha ao Senado de 2006, também dispute o cargo. Quem
mais? Ora, considerando os coadjuvantes de sempre e o agora
desacreditado Rubens Bueno (PPS), o que se espera é que o PMDB lance
também um candidato, até para espantar o estigma de “rei dos grotões”.
E quem será ele? Rafael Greca é o nome provável.

E Greca não pensa em outra coisa. Quem acompanha o trabalho diário do
presidente da Cohapar, garante que ele vê na possibilidade de disputar,
vencer e, assim, retornar à prefeitura um antídoto para sua carreira
política claudicante. O problema nos planos de Greca é que há um
Requião no meio do caminho.

Desde que, reeleito, escreveu o epílogo de sua carreira à frente da
administração estadual, Requião só tem planos para si mesmo. Sabe-se
que quer terminar sua vida pública abancado em uma cadeira no Senado
Federal. Por isso, não parece disposto a encarar uma campanha
desgastante levando nas costas o nome do partido. O caminho mais curto
é repetir a cena de 2004, apoiar um petista (como fez com Ângelo
Vanhoni) e, dessa maneira, abrir o caminho para que Jorge Samek dispute
a sucessão ao governo em 2010. Crê o governador que, assim fazendo,
alavancará o apoio integral do PT para uma campanha fácil, econômica e
sem percalços em direção à câmara alta de Brasília.

Se é pouco, inclua-se outro fator nesse imbróglio. Requião avalia que
Greca não inspira confiança no quesito ambição política. Vê a
possibilidade de que tão logo ele se lance candidato a prefeito seja
picado pela “mosca azul” e decida também disputar o governo do estado.
Daí a sua hesitação em embalar o sonho do ex-ministro da nau. E se
Requião balança, balança o PMDB.

Ritual

Em guerra pela indicação dos respectivos estádios para a Copa 2014, os
presidentes do Atlético, Mário Celso Petraglia, e do Coritiba, Giovani
Gionédis, estiveram na Assembléia, no início da semana, cumprindo
via-sacra nos gabinetes.

Maionese

Petraglia acredita que pode ganhar o apoio para construir a metade que
falta da Arena. Gionédis acalenta o projeto surreal de implodir o
Pinheirão e erguer um novo estádio no lugar, com a assinatura
coxa-branca.

Só faltava

Tiete balzaca do governador Roberto Requião criou blog com propósito
indisfarçável. O endereço é requiaofaclube.zip.net. Quem visitar o dito
cujo e quiser, assim, tecer um comentário vai dar de cara com um alerta
a visitantes indesejáveis. Aquele que não se enquadrar está fora. É a
cara do ídolo, né não?

Efeito dominó

O furto de um casaco em Feira da Provopar poderia ter resultado em
reportagem inusitada, não fosse o efeito cascata que suscitou. Ao ver o
repórter de uma emissora de rádio (poupemos a bandeira) correr para
entrevistar a vítima, a presidente do Provopar, Lúcia Arruda, subiu nas
tamancas.

Pelo ralo

Acionou o filho que acionou o sogro e dono da emissora que acionou o
diretor de jornalismo que acionou a chefe de reportagem que acionou a
produtora que acionou o repórter na ponta da linha. E assim foi-se o
jornalismo.




ARREMATE
Aos caros leitores: esta é a terceira de quatro sextas-feiras em que a coluna é emasculada. Convenhamos, Jason não faria melhor.

OBLADI-OBLADÁ
O PDT está trabalhando com a hipótese de não compor com o PSDB na
eleição de outubro do ano que vem. Nas reuniões da executiva municipal
um dos assuntos discutidos foi o lançamento de um candidato próprio. O
nome de Jorge Bernardi é um dos mais lembrados. *** Papagaio come milho
e periquito leva a fama. O colunista político errou feio ao comentar
reportagem do próprio veículo em que trabalha e atribuí-la ao jornal “O
Estado de S. Paulo”. Assim parece que não faz a lição de casa.