Mathias Verne, 42 anos, é um dos haitianos que trabalha no Kharina. Há um ano no Brasil, ele tem dois empregos: de manhã na construção civil, de noite na cozinha do estabelecimento da rede de restaurantes localizado no Batel. Tanto esforço tem sua razão: ajudar a família, que ficou na terra natal.
No Haiti, o salário mínimo equivale a pouco mais de R$ 100 mensais. No Brasil, os imigrantes recebem, geralmente, algo em torno de R$ 800 a R$ 1 mil por mês. Como tem ainda de pagar o aluguel de sua casa no Centro, Verne tem dois empregos para se manter em Curitiba e também ajudar a família No Haiti não há emprego. Então a gente tem de trabalhar para ajudar a família que está lá, conta.
O haitiano diz que não consegue entender uma coisa: No Haiti, sempre apoiamos o Brasil. Lá é sempre festa quando a Seleção joga. Sempre torcemos pelo Brasil na Copa, mas não vemos isso aqui, afirma. Consideramos muito o Brasil pela ajuda que ele nos dava e sempre torcemos muito. Se você cresce, eu cresço também, completa.
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