A Companhia de Idiomas (SP), a Brava Training (RJ) e a KLC Idiomas (Campinas), empresas especializadas no ensino de idiomas in company, realizaram uma pesquisa com 1020 alunos para conhecer o interesse de profissionais pelo aprendizado de idiomas, identificar as maiores dificuldades que eles encontram e verificar como anda o desempenho de quem precisa se comunicar em um segundo idioma nas corporações –e, não raro, depende desta performance para galgar posições na carreira.

Realizado no final de 2012, o levantamento mostra que 65% dos profissionais procuram as escolas com o intuito de aprenderem o inglês. O espanhol desperta 12% do interesse dos pesquisados e o português para estrangeiros é o idioma procurado por 11% dos profissionais.  O mandarim foi procurado por menos de 1% dos clientes, ao lado do alemão, e só um pouco acima do russo.

A tabela e o gráfico seguintes mostram o interesse de profissionais de São Paulo, Rio e Campinas por determinados idiomas.  Veja abaixo quanto cada idioma representou na demanda por cursos em 2012:

Idioma

%

Inglês

65,55%

Espanhol

11,74%

Port. Estrangeiros

10,67%

Francês

5,64%

Port. Brasileiros

2,74%

Italiano

1,68%

Alemão

0,91%

Mandarim

0,91%

Russo

0,15%

Total

100%

Um dado preocupante verificado na pesquisa se refere ao domínio de um idioma. Entre os profissionais que estudam inglês, 61% estão no nível básico do curso, 27% no intermediário e apenas 12% alcançaram o nível avançado. Com o espanhol apenas 3% dos profissionais chegam ao nível avançado. E os estrangeiros ainda estão engatinhando no aprendizado do português: 90% dos profissionais estão no nível básico e 9% no intermediário.

As três escolas mostraram um crescimento no número de alunos a partir do mês de outubro de 2012.  A razão desse aumento de demanda pode ser um indício de que empresas e profissionais estão começando a agir com relação a investimentos em idiomas, visando se prepararem para os desafios que o Brasil enfrentará nos próximos anos com a Copa das Confederações, a Copa do Mundo, as Olimpíadas, a presença do país nos BRICs e a necessidade de reaquecimento rápido da economia, segundo os diretores das três empresas.

Notamos a retomada da contratação de cursos para aulas in company , com subsídio total ou parcial pela empresa, afirma Eduardo Ávila, da KLC.   

Os cursos nas empresas são considerados investimento em treinamento. Como tal, os investidores cobram retorno. Nós, fornecedores, temos de ser capazes de dar o retorno do investimento, e ainda construir métricas para medição desse retorno.   complementa Rosangela Souza, da Companhia de Idiomas.

Em dezembro último, as três empresas anunciaram uma aliança estratégica para expansão dos negócios. As escolas associadas agora atendem as cidades de São Paulo, ABCD, Guarulhos, Alphaville, Mogi das Cruzes, Campinas, Jundiaí (e região) e o Rio de Janeiro.