Aqueles que ainda estão pesquisando sobre para qual profissão ter no futuro, ao dar uma olhada na relação candidato/vaga, o nome Engenharia de Aquicultura da Universidade Federal do Paraná poderá saltar aos olhos. Entrar no curso é relativamente fácil — nos últimos anos, quando o curso ainda se chamava Tecnologia em Aquicultura, a concorrência foi menor do que um candidato por vaga e a nota de corte no ano passado foi de 17 (para Medicina, foi 58). E depois do curso, o futuro é promissor, com o mercado crescendo vertiginosamente e pagando salários que podem começar por R$ 5 mil.
O Brasil é hoje o 13º maior produtor de pescados do mundo, atrás de países menores, como o Chile. A atual produção nacional é de 1,5 milhões de toneladas, o que não representa sequer 10% do potencial estimado pelo Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), que é de 20 milhões de toneladas. Mas a expectativa é que, em aproximadamente cinco anos, o Brasil se torne o maior produtor de pescado do mundo. O peixe está caminhando para chegar a posição que o frango ocupava antigamente, afirmou recentemente a  coordenadora Nacional de Aquicultura e Pesca do Sebrae Nacional, Newman Costa, em comunicado da Agência Sebrae.

A aquicultura está em franca expansão no Brasil e a demanda por profissionais é altíssima. Eu recebo toda semana a demanda de profissionais, mas não tenho esses profissionais para colocar no mercado. O pessoal que se forma, inclusive, já sai com emprego, recebendo, tranquilamente, um salário mensal de R$ 5 mil, afirma o professor  Doutor Carlos Eduardo Zacarkim, Coordenador do Curso de Engenharia de Aquicultura da Universidade Federal do Paraná (UFPR), situado no campus de Palotina.
Hoje, segundo o coordenador, o curso da UFPR é um dos melhores e mais completos do Brasil, com profissionais das mais diversas áreas, como rãs, camarão, peixe e inovação tecnológica, além de uma estutura invejável, que em breve contará com um Frigorifico Escola (Unidade de Processamento de Pescado) e um laboratório de camarão de água doce – será o terceiro no Brasil.  Além disso, o curso tem convênio com duas universidades da Alemanha e em breve deverá implantar o duplo diploma.
Para que o crescimento da produção nacional seja possível, o setor começou a se profissionalizar e a receber investimentos vultosos do Governo Federal e do setor privado. O Plano Safra da Pesca, por exemplo, recebeu investimento de R$ 4,1 bilhões até este ano, com a valorização e capacitação dos profissionais da área e o estímulo a esse tipo de negócio a disponibilização de linhas de crédito aos empreendedores nacionais.