Filmes da Mostra Nossa Terra

Filmes da Mostra Nossa Terra

A cidade de Bituruna, no interior do Paraná, será a sede da Mostra Internacional de Cinema “Nossa Terra – Cultura e Alimentação”. Os filmes, com foco em alimentação, serão exibidos de 14 a 15 de outubro, no anfiteatro da cidade.   O projeto, aprovado pela Lei Rouanet, é da produtora cultural e historiadora Meg Mamede.

Os filmes que farão parte desta primeira mostra têm em comum a alimentação através das várias etapas da cadeia produtiva, da agricultura familiar passando pelos demais processos até chegar a nossa mesa. A mostra deseja levar o público presente à reflexão sobre segurança e soberania alimentar nos dias atuais, além de debates acerca da fome no mundo, do uso de agrotóxicos e pesticidas, da obesidade infantil e uma série de temas que têm ganhado espaço nas produções cinematográficas nacionais e internacionais documentais e/ou de ficção.

A cidade de Bituruna, a 315 km de Curitiba, foi escolhida para receber este evento por conta da sua vocação natural para a produção de vinho, agricultura e negócios familiares voltados para a alimentação que inspira e estimula os atores locais em suas ações culturais e no turismo de experiência, na enogastronomia e preservação das suas riquezas naturais. Com população de cerca de 17 mil habitantes, o município de Bituruna não tem cinema. A prefeitura do município cedeu o Anfiteatro Romilde Vanzin, com capacidade para 190 pessoas, para receber a mostra.

“Para realizar esta mostra iniciamos em 2014 uma pesquisa através de vários festivais e mostras de cinema no mundo e no Brasil que atentos à crescente demanda criaram categorias e prêmios para receber e exibir filmes classificados como Food e Wine Films”, diz Meg. Parte da pesquisa que dá origem a esta primeira edição da Mostra Internacional de Cinema “Nossa Terra”: Cultura e Alimentação foi publicada no blogue www.cinemaealimentacao.com.br, mantido pela historiadora.

Filmes exibidos:

“Brichos II: a floresta é nossa” Filme: LONGA METRAGEM; duração: 83 MINUTOS; DESENHO ANIMADO (ANIMAÇÃO 2D); classificação: LIVRE – Direção: Paulo Munhoz

Os habitantes da Vila dos Brichos precisam decidir o futuro da sua cidade, ameaçada de perder sua floresta para investidores-terroristas internacionais. Armados de coragem, inteligência e bom humor, nossos heróis encaram o desafio que será decidido nas areias de Noforest, na gelada Iceforest e na exuberante Brainforest.

“Comer O Quê?” filme de Leonardo Brant (Brasil, 2015) – 59 minutos – Classificação: Livre Cada um tem uma receita para se sentir bem à mesa: a presença de amigos e familiares, a experiência de comer algo novo, a certeza de ingerir um alimento saudável e natural. Há quem queira alimentar corpo e alma. Ou apenas manter o bom funcionamento da máquina humana. COMER O QUÊ? Apresenta o cotidiano de uma série de personagens ligados ao mundo de alimentação, de chefs consagrados a produtores rurais, passando por especialistas em nutrição, economia e gastronomia. Alex Atala, Bela Gil, Helena Rizzo, Marcos Palmeira, Marcio Atalla entre outros, apresentam à atriz e nutricionista Graziela Mantoanelli as diversas dimensões e possibilidades da boa alimentação. Com direção de Leonardo Brant, o filme serve ao público um banquete de sabores, imagens, reflexões e emoções, de maneira leve e despretensiosa. Afeto, saúde, cultura, indústria e educação formam equações possíveis entre desfrute e cuidado, consciência e espontaneidade, equilíbrio e bem estar.

“Fonte da Juventude” de Estevão Ciavatta (Brasil, 2017) aborda a epidemia global de obesidade, fazendo um mergulho no ambiente alimentar do Brasil propõe um diálogo entre a academia, o setor público, empresas, associações e famílias sobre o alimento do campo à mesa. A biodiversidade, aliada à nossa cultura alimentar, é o melhor caminho para a longevidade. Documentário, Brasil, 2017, 56 min – Classificação: Livre – Direção: Estevão Ciavatta

“Apart Horta” filme de Cecília Engels (Brasil, 2015) – 55 minutos – Classificação: Livre O filme “Apart Horta” escrito e dirigido por Cecília Engels (Brasil, 2015) é um filme bem humorado que transita entre a ficção e o documentário e acaba de entrar para nossa lista de Filmes de “A à Z”. O filme conta a história da baiana Nazaré que vai a São Paulo pela primeira vez para visitar seu irmão Natanael, que vive na cidade há oito anos. Natanel tem um estilo de vida voltado ao trabalho, já Nazaré vive uma relação saudável com as pessoas, a natureza e a alimentação. Aos poucos, trazendo seu axé e cultivando alimentos no apartamento, Nazaré germina a transformação no ambiente da vida de Natanel e do prédio em que ele vive. Segundo seus realizadores “o filme contagia as pessoas com o interesse em cultivar alimentos em casa. Além da trama que envolve os irmãos o filme mostra experiências reais apresentadas nos mini documentários, que reafirmam: sim isso é possível! Tem gente plantando em espaços muito pequenos. Os personagens do filme tocam no tema da reciclagem, do preço dos alimentos, do reaproveitamento da matéria orgânica (minhocários) e também do preconceito e da desinformação que rondam estes temas. Trazer essa história para o contexto de um condomínio mostra que cada pessoa se relaciona de uma maneira com o tema.

“Chile – Terroir, Personagens, Histórias e Vinhos” de Beto Duarte (Brasil / Chile, 2014) – 46 minutos – Classificação: Livre – LEGENDADO EM PORTUGUÊS. No documentário “Chile – Terroir, Personagens, Histórias e Vinhos” (2014) o jornalista brasileiro Beto Duarte foi em busca de uma explicação para tantos terroirs distintos, tantas possibilidades e variedades de uva em um dos mais incríveis países produtores de vinho do Novo Mundo: o Chile, conduzindo uma grande exploração por diversas regiões do Chile, documentando comportamentos da região, entrevistas com especialistas locais e o registro histórico com seus personagens.

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