Ele é o bairro com maior oferta de imóveis verticais em Curitiba e deve abrigar mais de 21 mil domicílios nos próximos dez anos. Segundo dados do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), são construídos no Ecoville, por ano, 612 novas moradias. Montante que, até 2020, vai totalizar 6,7 mil novas unidades na região. “Atualmente o Ecoville tem o maior canteiro de obras no mesmo bairro”, revela o diretor-geral da Galvão Vendas, Gerson Carlos da Silva.

A quantidade de terrenos disponíveis na região, superior a de outros bairros nobres em Curitiba como Água Verde e Batel, é apontada como o principal fator de atração das construtoras e incorporadoras locais, e até de outros Estados. Silva cita o exemplo da incorporadora paulista Helbor, que ingressa no mercado imobiliário paranaense e deve lançar, nos próximos meses, um edifício residencial com cerca de 60 unidades, no Ecoville. A empresa também vai lançar um condomínio comercial, no Champagnat. Os dois empreendimentos terão um Volume Geral de Vendas (VGV) de aproximadamente R$ 120 milhões.

Mesmo com uma ampla oferta de imóveis, o diretor-geral afirma que não há um excesso de oferta no bairro. “Há demanda para diversos tipos de imóveis. Ainda assim, é necessário investir em diferenciais para uma boa velocidade de venda, como localização, acabamento e projeto arquitetônico, além de preço e condições de pagamento atrativos”, destaca Silva. Mais de dois terços dos imóveis lançados no bairro são vendidos no período de 12 meses.

A existência de área comum nos empreendimentos também facilita as vendas na região. O diretor-geral da Galvão Vendas conta que os espaços de lazer são cada vez mais procurados pelas mudanças no perfil e no estilo de vida das pessoas, que tendem a ficar menos tempo em casa.

“Antes as crianças brincavam na rua e nos parques. Hoje estes locais não comportam mais tais atividades e as áreas de lazer, convivência e serviços dos condomínios vêm suprir esta carência”, explica. Salão de festas, espaço gourmet, piscina, quadra de esportes, playground e sala de ginástica são os itens de lazer mais encontrados nos edifícios residenciais existentes no Ecoville, conforme dados da Ademi-PR.

Formatação

Silva diz que o tamanho e a configuração dos imóveis estão diretamente relacionados ao perfil socioeconômico dos moradores do bairro. “Quanto mais jovem forem os moradores, a tendência de buscar o primeiro imóvel aumenta e as habitações são menores, com um ou dois quartos. Com o aumento da idade e da renda, a procura se direciona para imóveis maiores, com três e quatro dormitórios”, compara. A área total dos apartamentos no Ecoville é de 212 metros quadrados, em média. Índice superior à média da cidade de Curitiba, que é de 168 metros quadrados, segundo a Ademi-PR.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que, no Ecoville, a população predominante é de 25 a 49 anos, com grande participação da faixa etária entre 40 e 49 anos. A renda no bairro é superior a 10 salários mínimos e cada domicílio é ocupado por três pessoas, em média.