Uma pesquisa feita pelo Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro apontou que a maioria das pessoas que vivem na rua lá está por conta do desemprego e desentendimentos familiares, não usam drogas ou consomem bebida alcoólica.

A  coordenadora do estudo, Juliana Moreira, afirmou que o projeto visava realizar um mapeamento da população de rua. O estudo fez o levantamento com pessoas acolhidas em abrigos do Rio de Janeiro, Niterói e São Gonçalo, na Região Metropolitana.

Cerca de 1.200 pessoas de 32 instituições de acolhimento tanto públicas quanto particulares participaram da iniciativa, que faz parte do Programa População de Rua. Do total de entrevistados, 60% são homens, sendo metade deles negros ou pardos, com escolaridade baixa (13% deles são analfabetos e 40% não completaram o ensino fundamental).

Os dados apontam ainda que a maior parte dos moradores de rua é solteira, heterossexual, não possui benefícios assistenciais, não usa drogas (62%) e não consome bebida alcoólica (68%) e está em situação de rua por seis meses ou mais, tendo como principal motivo para viver nas vias o desemprego e desentendimentos familiares.

O levantamento faz parte da Campanha Institucional Permanente da Defensoria Pública nos anos de 2011 e 2012, que teve o tema “Todo mundo tem direito a ter direitos”. O resultado será apresentado nesta sexta-feira (17), data que marca o Dia do Defensor Público.