Os petroleiros da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, que participaram da assembleia extraordinária da tarde desta segunda-feira (16) resolveram suspender a greve iniciada no domingo (15). O motivo da paralisação foi o impasse nas negociações com os gestores da refinaria em relação à pauta de reivindicações sobre segurança.

Após os petroleiros cruzarem os braços, a empresa chamou uma reunião de negociação com os dirigentes do Sindipetro Paraná e Santa Catarina para a manhã desta segunda-feira, que só foi terminar por volta das 14 horas. A direção da Repar apresentou uma proposta à pauta de segurança.

Os principais avanços foram a ampliação de três para quatro operadores na área da Unidade de Destilação (U2100) — local que sofreu uma explosão seguida de incêndio no dia 28 de novembro —, a garantia de repouso de 24 horas para cada trabalhador envolvido na partida da U2100, a criação de um Grupo de Trabalho (GT) com a participação do Sindicato para acompanhamento da saúde dos trabalhadores que participaram do combate ao incêndio e limpeza da U2100, não desconto dos dias parados, garantia de que todas as recomendações da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) sejam analisadas e respondidas até a próxima reunião, e a criação de um GT com a participação do Sindicato para discutir as correções dos problemas de exaustão e climatização do laboratório da Repar.

Os demais pontos tiveram o compromisso assumido pela empresa de que serão tratados em reuniões da pauta de reivindicações local, de discussão do efetivo da Repar e na Comissão de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS).

O movimento dos funcionários da Repar por melhoria nas condições de saúde e segurança começou após o acidente da U2100 no dia 28 de novembro, com explosão seguida de incêndio, que paralisou a produção de toda a refinaria desde então.