A seleção brasileira para a estreia na Copa do Mundo contra a Croácia entra em campo hoje no Morumbi. Felipão elegeu o amistoso diante da Sérvia, às 16 horas, no estádio do São Paulo, como o último ensaio do Brasil e não vai mudar a escalação até o jogo de abertura do Mundial, no próximo dia 12, no Itaquerão. O treinador quer usar o amistoso para o ajuste final das peças e, em especial, conquistar a capital paulista que, por tradição, não costuma embalar a seleção em seus braços.
Diante desse quadro, o amistoso contra os sérvios vai servir de termômetro para o treinador avaliar melhor se acertou na sua decisão de repetir, um ano depois, a seleção que encantou o País na Copa das Confederações. Felipão, com certa dose de sorte, não perdeu nenhum dos jogadores que levantaram a taça no Maracanã com a vitória na final contra a Espanha.
Nem mesmo os que estão com baixo rendimento, caso de Oscar e Fred, serão preteridos. Há no comando central da comissão técnica a expectativa de que o time possa repetir o jeito de jogar de um ano atrás e trazer a torcida junto da seleção. A receita não tem nenhum segredo. Felipão vai insistir na marcação por pressão na saída de bola da Sérvia para roubar a bola e beliscar um gol antes dos 15 minutos iniciais. Se for eficiente nessa estratégia, o treinador tem certeza que o torcedor paulistano vai abraçar a seleção.
Quando a gente consegue o primeiro gol, parece que tudo aquilo que foi trabalhado deu certo, a torcida passa a apoiar muito mais e o time adversário desmorona. É importante sim sair na frente, disse Felipão. Mas, se sofrermos o gol, é fundamental também a seleção não mudar o seu jeito de jogar para não ser surpreendida.

Em São Paulo

Brasil:  Julio Cesar; Daniel Alves, David Luiz, Thiago Silva e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho, Oscar e Hulk; Fred e Neymar. Técnico: Luiz Felipe Scolari.

Sérvia: Stojkovic; Gudelj, Pejcinovic, Ivanovic e Kolarov; Markovic, Tadic, Matic e Tosic; Dusan Basta e Mitrovic. Técnico: Ljubinko Drulovic.

Local: Estádio do Morumbi, hoje, 16 hs

Rápida

Sem riscos
A ordem do treinador é não correr risco no sistema defensivo, sob pena de jogar tudo fora se, por acaso, o time não emplacar um gol logo de cara. Nossa meta na defesa é ‘sofrer’ zero gol. Não existe outra margem. Se não sofrermos nenhum gol, a chance de vencer é muito grande porque nosso ataque sempre faz pelo menos um, revelou o zagueiro e capitão Thiago Silva que, ao lado de Paulinho, volta ao convívio dos titulares.

Ambiente
Vocês têm visto todas as nossas entrevistas, estamos juntos (com a torcida). E, nas ruas, quando passamos pelos lugares, têm sido muito bonito. É muito parecido com o que vivi em Portugal (em 2006). Espetacular, disse Felipão.