FÁBIO PONTES RIO BRANCO, AC – Um vídeo compartilhado nas redes sociais no início da semana mostra presidiários do Acre aos socos e pontapés dentro de uma cela, praticando uma espécie de MMA, a luta livre que faz sucesso mundial.
Segundo um dos agentes penitenciários que estava de plantão no dia em que o vídeo foi feito, a “briga” aconteceu dentro de uma das celas da URP (Unidade de Regime Provisório) do principal presídio de Rio Branco, o Francisco D’Oliveira Conde. De acordo com o agente, que pediu para não ser identificado, as lutas entre os presos são comuns e inevitáveis devido ao pequeno efetivo de agentes e da falta de equipamentos de segurança.
O agente afirma ainda que entre os presos há um “código de conduta” que proíbe denunciar o MMA prisional. “Quando um deles fica ferido, como neste vídeo, ele pede atendimento médico mas não diz que os ferimentos ocorreram na briga. Inventam uma desculpa qualquer”, diz.
Sobre a entrada de celular no presídio, o agente afirma que é impossível fazer o controle. Os aparelhos são levados pelas mulheres dos detentos, que os introduzem nas partes íntimas do corpo. Depois, o vídeo é enviado por um aplicativo de celular para pessoas de fora do presídio, que o publicam em redes como o Facebook e YouTube.
A reportagem procurou a direção do Iapen (Instituto de Administração Penitenciária) para falar sobre o vídeo, mas até a noite desta quarta, ela não tinha retornado.
