No segundo jogo seguido em uma Arena da Baixada vazia, o Atlético perdeu. Na tarde deste domingo (27), acabou derrotado pelo Fluminense por 3 a 0. A partida era válida pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Quando começou a rodada, ambos estavam no G4 do Brasileirão – o Atlético em quarto lugar e o Flu, uma posição acima. Após a partida, o time paranaense caiu para 9º lugar, com os mesmos 19 pontos de antes.

O resultado derrubou uma invencibilidade de sete jogos do Atlético no Brasileirão e interrompeu uma sequência que havia chegado a três vitórias consecutivas até a partida anterior. Para piorar, o Furacão estendeu um tabu de não derrotar o time carioca dentro da Arena da Baixada. A última vez foi em 2005. Em 2009, o Atlético era mandante ao bater o adversário por 1 a 0, mas o jogo fio em Londrina.

O Atlético volta a campo apenas no próximo fim de semana. No domingo (3 de agosto), enfrenta o Atlético-MG, em Belo Horizonte. Para esse jogo, o goleiro Weverton será desfalque – ele levou o terceiro cartão amarelo diante do Fluminense.

Jogo
Armado num 4-3-3, com os velozes Douglas Coutinho e Marcelo correndo pelas pontas, o Atlético tentou se fechar e explorar a correria dos atacantes. O Fluminense, por sua vez, procurou tocar a bola. E tomou conta do meio-de-campo. Como não conseguia entrar na área adversária, o time carioca arriscou chutes de longe. Na terceira tentativa, abriu o placar, aos 18 minutos, gol de Jean.

Depois de sofrer o gol, o Atlético tentou se soltar. Mas, à exceção de um chute de Douglas Coutinho, após jogada individual, o time não conseguiu levar perigo. Para piorar, ainda dava espaço para o Fluminense contragolpear. E, assim, o time carioca chegou ao segundo gol. Rafael Sobis puxou contra-ataque e caiu na área ao ser tocado pelo goleiro Weverton. O árbitro marcou pênalti e Conca converteu, aos 35 minutos. Ao sair de campo, Weverton não quis comentar o lance do pênalti. “Tem muito jogador do time deles no meio-de-campo, não estamos conseguindo marcar”, analisou o atacante Ederson, diante dos números – o Atlético, mesmo em casa, teve apenas 35% de posse de bola, contra 65% do rival.

Na etapa final, o Atlético tentou pressionar mais a saída de bola adversária e, pelo menos nos primeiros minutos, exigiu que o goleiro Diego Cavalieri aparecesse no jogo. Mesmo assim, o goleiro só fez uma defesa aos 15 minutos, em chute de Marcelo. Até ali, o time da casa não conseguia articular jogadas, ao passo que o adversário apenas controlava o jogo.

Diante disso, o técnico Doriva mexeu na equipe. Colocou os atacantes Mosquito e Dellatorre – que reestreava no time, após empréstimo – e nos lugares de Douglas Coutinho e Ederson. aos 17 minutos. No Fluminense, ao mesmo tempo, Rafael Sobis deu lugar a Walter, que imprimiu um peso maior ao ataque. Tanto que, em pouco tempo, participou do terceiro gol do time carioca. Ele recebeu um arremesso lateral na área e rolou para Conca cruzar. Cícero, livre, cabeceou para dentro, aos 20 minutos.

Mesmo com as mudanças e a derrota, o time paranaense não mudou a maneira de jogar. Continuou apostando nas bolas longas. Ao menos, criou algumas chances isoladas de gol. Numa delas, Dellatorre até teve uma boa chance de descontar, mas mandou por cima do gol. Em outra, Marcelo carregou a bola e bateu com perigo, mas para fora. Aos 37, Suelinton chutou, a bola bateu na zaga e Diego Cavalieri fez grande defesa.

Em sua última cartada, Doriva trocou o volante Otávio pelo meia Bady. Mas isso não mudou praticamente nada. O time carioca manteve mais posse de bola (57% ao todo), trocou muito mais passes (432, contra 299 do Atlético), mostrou mais eficiência nos passes (80% a 77%) e teve mais finalizações certas (5 contra 3). Tudo isso se refletiu no placar de 3 a 0.

Atlético 0 x 3 Fluminense
Atlético
Weverton; Sueliton, Cleberson, Léo Pereira e Natanael; Deivid, Otávio (Bady) e Marcos Guilherme; Marcelo, Éderson (Dellatorre) e Douglas Coutinho (Mosquito). Técnico: Doriva.
Fluminense
Diego Cavalieri; Bruno, Gum, Henrique (Erivélton) e Carlinhos; Valencia, Jean, Cícero, Conca e Wagner (Chiquinho); Rafael Sóbis (Walter). Técnico: Cristóvão Borges.
Gols: Jean (18-1º), Conca (35-1º), Cícero (20-2º)
Cartões amarelos: Weverton, Suelinton, Deivid
Renda e público: Portões fechados
Árbitro: Luiz Flavio de Oliveira (SP)
Local: Arena da Baixada, domingo

Lances do jogo
Primeiro tempo
14 – Rafael Sobis cobra falta direto a gol. Weverton pega firme
15 – Conca arrisca de fora da área. Wevrton defende com firmza
18 – Gol do Fluminense. Jean recebe de Cícero, domina, gira e chuta de fora da área. A bola vai no canto esquerdo
19 – Natanael recebe na ponta-esquerda e tenta o cruzamento. A bola vai na rede do lado de fora
24 – Douglas Coutinho recebe na ponta, dribla quatro marcadores e chuta cruzado. A bola sai rente à trave direita
33 – Rafael Sobis arranca em direção à área, ganha de Cleberson na corrida e cai ao ser tocado por Weverton na área. O árbitro dá pênalti.
35 – Gol do Fluminense. Conca bate o pênalti no meio do gol. Weverton toca na bola, mas não evita o gol
42 – Bruno cruza da direita. A zaga afasta mal. Carlinhos fica com a bola e arremata, mas acerta a rede do lado de fora
Segundo tempo
1 – Natanael cobra falta para a área. A bola vai direto a gol e Diego Cavalieri pega
15 – Marcelo arranca pelo lado direito, corta para o meio e arremata de fora da área. Diego Cavalieri pega
20 – Gol do Fluminense. Walter recebe em arremesso lateral na área e rola para Conca, que cruza de primeira. Cícero, livre, cabeceia na pequena área
23 – Natanael cobra falta com força. A bola sai rente à trave esquerda
27 – Dellatorre recebe na área, prende a bola e arremata, mas por cima do gol
29 – Marcos Guilherme cobra falta e Diego Cavalieri defende sem dificuldade
29 – Walter puxa contragolpe e acha Conca. Ele escorrega e cai, mas mesmo assim ganha de Deivid e consegue chutar a gol. A bola leva perigo e sai à direita
30 – Marcelo avança pelo meio e bate a gol, mas para fora
33 – Marcos Guilherme cobra falta para a área. Diego cavailier sai, antecipa-se a Dellatorre e afasta de soco
37 – Suelinton recebe na área e chuta com estilo. A bola desvia na zaga e vai no canto direito. Diego Cavalieri, que estava quase caído, se recupera, salta e faz grande defesa
47 – Marcelo conduz a bola e serve Dellatorre, que arremata. Diego Cavalieri espalma