RIBEIRÃO PRETO, SP – As testemunhas de defesa e acusação do técnico de informática Guilherme Raymo Longo, 28, e da psicóloga Natália Mingoni Ponte, 29, mãe e padrasto do menino Joaquim Ponte Marques, 3 –encontrado morto no rio Pardo, em Barretos (423 km de São Paulo) em novembro do ano passado–; serão ouvidas pela Justiça a partir do dia 5 de agosto. As datas foram marcadas pelos juízes das cidades onde moram estas testemunhas a pedido da juíza Isabel Cristina Alonso dos Santos Bezerra, da 2ª Vara do Júri e das Execuções Criminais de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).

De acordo com a Polícia Civil e o Ministério Público, Longo é o principal suspeito pelo crime. Já Natália responde por suspeita de omissão. Ambos alegam inocência. Longo e Natália serão os últimos a serem ouvidos pela juíza. Os depoimentos devem ocorrer nos dias 11 e 12 de setembro no fórum de Ribeirão Preto.

Segundo o advogado Alexandre Durante, que atua para o pai de Joaquim, Artur Paes, o primeiro a ser ouvido pela Justiça será o irmão de Natália, Alessandro Mingoni. A oitiva será em São Joaquim da Barra (384 km de São Paulo). Na mesma cidade, a Justiça vai ainda colher o depoimento dos pais de Natália, no dia 2 de setembro. De acordo com Paes, um funcionário da clínica onde Natália trabalhava e onde Longo esteve internado deverá ser ouvido no dia 20 de agosto, em Ipuã (412 km de São Paulo).

O advogado afirmou que também serão ouvidas pessoas em Brasília e em Goiás. Longo está preso preventivamente na penitenciária de Tremembé (147 km de São Paulo) desde 10 de novembro. Ele teve o quarto pedido de liminar de habeas corpus negado pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) no dia 9 de junho –a defesa dele entrou com o pedido sob alegação de que havia demora no julgamento.

A mãe de Joaquim, Natália, ficou presa em Tremembé em janeiro, mas está em liberdade graças a um habeas corpus. Atualmente, Natália mora com os pais, em São Joaquim da Barra. O corpo do menino foi encontrado cinco dias após a família comunicar o seu desaparecimento. De acordo com a denúncia da Promotoria, Longo teria matado o enteado e jogado seu corpo no córrego Tanquinho, que fica a cerca de 200 metros da casa em que a família morava, no Jardim Independência, em Ribeirão.

Em depoimento à polícia, Natália disse que desconfiava de que o autor do crime seria o marido e relatou que Longo tinha ciúmes de Joaquim, por ser filho de um antigo relacionamento. Já Longo defendeu a tese de que alguém entrou na casa da família, sequestrou a criança e depois, a matou.