Apostar em reforços estrangeiros virou moda no Brasil. Na edição 2014 do Campeonato Brasileiro, os 20 clubes já escalaram 40 gringos. A média é de dois por equipe. O número pode aumentar, já que outros 12 forasteiros fazem parte dos elencos desses times.

O Atlético Paranaense está abaixo da média da competição em 2014. Usou apenas um estrangeiro até agora: o lateral-esquerdo uruguaio Olaza, que é reserva de Natanael e só atuou em três das 13 rodadas.
No início do ano, porém, a ideia do Atlético era montar uma legião estrangeira no CT do Caju. O time era comandado pelo técnico espanhol Miguel Angel Portugal. O maior salário do elenco era o meia espanhol Fran Mérida, que chegou ao clube em 2013. Para jogar a Libertadores 2014, vieram ainda Olaza e o meia uruguaio Mirabaje.
O Atlético não passou da fase de grupos da competição continental. Em seguida, Mirabaje e Mérida foram afastados. O uruguaio acertou com o San Lorenzo, da Argentina. O espanhol segue sem clube. Portugal pediu demissão após empate com a Chapecoense, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro. Entre os gringos, só Lucas Olaza sobreviveu.
Para o time sub-23, o Atlético trouxe em 2014 o meia Milesi, do Uruguai. No entanto, o jogador não chegou a atuar.
A busca por reforços estrangeiros virou febre nos últimos anos graças à valorização da moeda brasileira. Nos outros países sul-americanos, os jogadores recebem baixos salários se comparados à média praticada no Brasil.
Por pressão dos clubes, no final de 2013, a CBF concordou em aumentar de três para cinco o limite de estrangeiros por equipe.
O Atlético tem apostado nos gringos desde 1995, quando Mario Celso Petraglia passou a comandar o clube. Na Era dos Pontos Corridos, essa política foi intensificada. Tanto que o Atlético utilizou 24 estrangeiros em competições oficiais desde 2003. Ou seja, uma média de dois gringos por temporada. O cálculo não considera os atletas que não chegaram a atuar.

Os estrangeiros que mais se destacaram pelo Furacão desde 2003 foram os colombianos Ferreira e Valencia, o equatoriano Guerrón e o uruguaio Ligüera.
No mesmo período, o clube teve também três técnicos estrangeiros: o uruguaio Juan Ramón Carrasco, o alemão Lothar Matthaus e o espanhol Miguel Angel Portugal.

Na Arena

Bady e Otavio são testados no time
O técnico do Atlético, Doriva, testou duas formações para o jogo de domingo, contra o Botafogo, na Arena. Ele começou o trabalho de ontem sem o atacante Douglas Coutinho. A vaga dele ficou com o meia Bady. Com isso, a escalação ficou com Weverton; Mário Sérgio, Cleberson, Léo Pereira e Natanael; Deivid, João Paulo, Bady e Marcos Guilherme; Marcelo e Cléo. Na segunda parte do treino de ontem, Doriva tirou Bady e colocou o volante Otávio.
A definição sobre a escalação ocorrerá após os treinamentos de hoje. As únicas confirmações na equipe são a volta do goleiro Weverton, que cumpriu suspensão na última rodada, e a entrada do lateral-direito Mário Sérgio. Ele substitui Sueliton, suspenso por cartões amarelos.

Colombiano
O Atlético contratou o meia colombiano Victor Guillermo Gutierrez Armesto, de 18 anos. Com passagens pela seleção sub-17, o jogador estava no Valle Club, da Colômbia. A tendência é que seja utilizado no sub-20 do Furacão em 2014.

Morro García
O atacante Santiago Morro García, que atuou pelo Atlético em 2011 e 2012, acertou ontem sua transferência para o River Plate, do Uruguai. O jogador, de 23 anos, estava no Nacional, de Montevidéu, e não chegou a atuar na última edição do Campeonato Uruguaio. Foi dispensado no fim da temporada.
No Atlético-PR, Morro García atuou em 16 partidas em 2011 (todas pelo Brasileirão) e fez dois gols. Em 2012, disputou dois jogos e não marcou. Em 2011, ele custou R$ 7,7 milhões ao clube paranaense.