Como o debate se centralizou nos três principais candidatos, os blocos 2 e 3 tiveram a mesma situação inusitada: dois candidatos nanicos sobraram e tiveram que fazer perguntas um para o outro.
A situação ocorreu primeiramente no segundo bloco. Escanteados pelos demais candidatos, Rodrigo Tomazini (PSTU) e Bernardo Pilotto (PSOL) tiveram que fazer perguntas um ao outro, num clima de jogo de ida e volta.
Na ida, Tomazini perguntou sobre privatizações. “Saúde e lucro não combinam”, respondeu Pilotto, que aproveitou para disparar críticas a Beto Richa, Roberto Requião e Gleisi Hoffmann. A Dilma se elegeu dizendo que não ia privatizar e privatizou. Inclusive o HC. Saúde não é mercadoria, devolveu Tomazini.
Na pergunta de volta, Pilotto questionou sobre as manifestações de 2013. “Os governos não governam para os trabalhadores. Governam para as empresas”, respondeu Tomazini, que prometeu reestatizar o Banestado.
A mesma situação ocorreu no terceiro bloco, mas com Tomazini e Túlio Bandeira (PTC). Primeiro, Tomazini perguntou sobre os salários. Bandeira falou em fomentar o turismo e aproveitou para atacar Requião: “O senhor teve oportunidade de ser governador por 12 anos”.
Na pergunta de Bandeira sobre direitos humanos, Tomazini respondeu que mulheres, gays e negros são discriminados pela sociedade. “Nós, homens, sofremos pressão para que o machismo não faça parte da sociedade”, afirmou ele.

Desculpas

Requião perdeu noção do tempo
O governador Roberto Requião (PMDB) abriu o debate sem conseguir formular a questão sobre a crise financeira por descumprir o tempo previsto (1 minuto). O mesmo aconteceu em outras três vezes, em uma resposta, uma réplica e outra pergunta. A falta de noção de tempo do senador chamou a atenção, porque ele é conhecido por ser um hábil debatedor político. Ele também pareceu cansado e mesmo nos ataques perdeu para a candidata do PT, Gleisi Hoffmann. “Cansado não tive excelente desempenho no debate da Band, mas provei que Richa esta quebrando o estado”, postou Requião, no Twitter