SÃO PAULO, SP – Após a matança realizada pelo extremista norueguês Anders Behring Breivik em 2011, seu pai Jens Breivik se pronunciou pela primeira vez em entrevista coletiva nesta quinta-feira (18). Ele demonstrou arrependimento por não ter estado presente na vida do filho.
“Eu poderia tê-lo influenciado em uma direção positiva. Mas isso não aconteceu”, disse.
Anders Breivik, hoje com 35 anos, teria se negado a receber o pai na prisão. Em carta, conforme a entrevista cedida nesta quinta (18), Anders teria dito que só receberia o pai se ele se tornasse fascista. “Eu acho que ele está se tornando mais e mais radical. Talvez ele esteja se tornando mais perigoso também”, disse Jens Breivik.
Pai e filho conviveram pouco durante a infância, somente até Anders completar seis anos, mesma época em que Jens Breivik se divorciou da mãe do extremista. Hoje, o pai é diplomata e vive com a quarta esposa na França. Ele também está lançando um livro chamado “Culpa minha? História de um pai”.
“Se eu tivesse tido mais contato com ele, se tivesse sido um pai melhor, talvez ele tivesse sido outra pessoa”, declarou Jens Breivik.
77 MORTES NA NORUEGA
No dia 22 de julho de 2011, Anders Breivik, extremista de direita, detonou uma bomba em um lugar próximo a sede do governo norueguês e matou oito pessoas. Em sequência, foi até a ilha de Utoya, a 38 quilômetros da capital Oslo, e chacinou mais 69 pessoas em uma reunião de militantes trabalhistas.
O assassino confessou o crime, foi condenado a 21 anos de prisão e poderá ter a pena prolongada.