SÃO PAULO, SP – Metrô voltou a demitir dez funcionários que participaram da greve da categoria em junho deste ano. Eles tinham sido readmitidos em agosto após uma liminar da Justiça do Trabalho. A decisão de primeira instância, porém, foi suspensa após recurso da empresa.
O sindicato da categoria afirmou ter sido informado da nova decisão na última sexta-feira (17) e disse que já recorreu. Os funcionários afetados pela decisão tiveram a nova demissão concretizada entre terça (21) e esta quinta-feira (23).
Ao todo, 42 funcionários foram demitidos após a greve, que começou em 5 de junho e foi encerrada apenas no dia 9 de junho. Na ocasião, o Metrô afirmou que o grupo cometeu abusos como arrombamentos em estações, forçaram a saída de passageiros de vagões e usaram aviso sonoro das estações de forma indevida, promovendo a greve.
As demissões foram criticadas e chegaram a render uma multa à empresa, controlada pelo Governo do Estado, por parte do Ministério do Trabalho.
Em julho, dois funcionários foram readmitidos após procedimentos administrativos do Metrô concluírem que eles não haviam cometido faltas graves. Em seguida, decisões da Justiça permitiram o retorno ao trabalho de dez – agora demitidos novamente – e depois de mais 23 funcionários.
Sete metroviários demitidos após a paralisação permanecem sem trabalhar. Segundo Alex Fernandes, diretor do sindicato da categoria, quatro deles tiveram liminares negadas pela Justiça e outros três têm procedimentos de demissão diferente dos demais por serem dirigentes sindicais. Os casos estão em andamento.
Fernandes afirmou que o mérito do processo de demissão dos metroviários demitidos novamente deve ser julgado apenas em fevereiro, mas uma junta de desembargadores já deve se reunir no dia 3 de novembro, quando poderá ser julgado do novo recurso do caso.