Negócios à parte. Com o potencial de alcance e relevância que adquiriram, os youtubers de games rapidamente se tornaram alvos do mercado. Empresas que auxiliam no desenvolvimento dos canais (chamadas de “networks”) e de agenciamento se tornaram parte do dia a dia dos criadores de conteúdo, fazendo do hobby uma profissão.
A Influencers é uma delas. Criada pelo goiano Gustavo Teles, a empresa é dedicada a fazer “marketing de influência”. “O público dessas pessoas gosta de tudo que eles postam. O que fazemos é transformar a influência dessas pessoas em gatilhos de interação do público com a marca.”
Segundo Teles, no ano passado, “seus youtubers” faturaram ao menos R$ 500 mil, tendo um passado de R$ 1 milhão.
Gabriel Vilhena, do canal Vilhena Gamer, tem apenas 17 anos e diz contar com uma receita mensal de “pouco mais de R$ 10 mil”. Seu canal, com 1,3 milhão de inscritos, existe desde 2011, quando gravou seu primeiro vídeo sobre o game Minecraft, aos 14 anos. Ele diz nunca ter precisado do dinheiro do YouTube para viver .
“Tem gente que faz seis vídeos por dia e no fim do mês ganha R$ 50 mil. Se eu ficasse gravando o dia inteiro a grana ia aumentar, mas eu ia fazer por obrigação e logo ia me cansar”, diz. O jovem explica que tinha medo de fazer propaganda em seu vídeo e espantar seu público. Mas com o tempo, “arranjou um jeito” de fazer sem prejudicar o conteúdo.
Já Malena acabou de fechar contrato com um agente e espera aumentar ainda mais sua receita, a qual usa para pagar sua faculdade e ajudar no orçamento de casa. “Sou muito grata ao meu trabalho. Teve uma vez que meu pai ficou sem emprego por dois meses e eu segurei as contas aqui em casa. Se não fosse a galera que me acompanha, eu estava lascada.”