SÃO PAULO, SP – O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, voltou a criticar nesta sexta-feira (31) a coalizão internacional que luta contra o Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria, afirmando que os ataques aéreos não deveriam se concentrar na cidade curda-síria de Kobani.
“Por que as forças da coalizão bombardeiam continuamente a cidade de Kobani? (…) Por que não outras cidades, por que não Idlib (norte da Síria)?”, questionou Erdogan em Paris, onde foi recebido pelo presidente francês, François Hollande.
“Estamos falando apenas de Kobani, que está localizada na fronteira com a Turquia e onde não resta quase quase ninguém além dos 2.000 combatentes”, acrescentou, referindo-se ao fato de que a maioria de seus habitantes se refugiou na Turquia.
Para o chefe do Estado turco, a imprensa internacional dá a entender que seu país respalda o EI por não ter intervindo em Kobani e isso é uma “grande injustiça”.
Lembrou que “há 1,6 milhão” de refugiados que entraram na Turquia vindos da Síria e do Iraque e que até agora isso custou a seu país US$ 4,3 bilhões.
Erdogan também se mostrou crítico à estratégia da coalizão no Iraque, particularmente ao apoio ao Exército desse país árabe, que “infelizmente está decomposto e não só abandonou uma parte do território aos jihadistas, como também armamento”.