MACHADO DA COSTA
SÃO PAULO, SP – Os sindicatos que compõem a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) aprovaram nesta segunda-feira (24), por 92 a 5, a prorrogação do mandato do atual presidente, Paulo Skaf, e de toda a diretoria até dezembro de 2017.
O terceiro mandato de Skaf, que deveria acabar em setembro de 2015, cumprindo um período de quatro anos, agora terá mais dois. Seu primeiro mandato iniciou-se em 2004.
Skaf, que se licenciou no início deste ano para concorrer ao governo de São Paulo pelo PMDB, voltou à cadeira, que interinamente foi ocupada por Benjamin Steinbruch, em novembro.
Segundo José Ricardo Roriz Coelho, um dos presidentes de sindicatos que votaram a favor da permanência de Skaf, a prorrogação foi necessária para que a Fiesp pudesse continuar a construir uma agenda propositiva em um ano chave para a indústria.
“Em um momento difícil para a indústria, não poderíamos voltar nossas atenções para questões internas da Fiesp, enquanto que deveríamos estar olhando para fora dela”, diz Roriz Coelho, que também é diretor do Departamento de Competitividade da Fiesp.
Espera-se que, após o término desse mandato, Skaf não tente mais se reeleger presidente da entidade. A expectativa é que, em 2018, ele concorra novamente ao governo do estado, mas como ex-presidente da Fiesp.
A prorrogação do mandato foi uma forma encontrada para que a atual diretoria não precisasse de um novo artifício jurídico para se reeleger.
Formalmente, este é apenas o segundo mandato de Skaf, pois alterações no estatuto da entidade, realizada em 2006, durante o primeiro mandato, permitiram que as eleições de 2007 fossem consideradas as primeiras sob o novo regimento.
As mudanças, que também permitiram que os sindicatos tivessem participação direta na escolha do presidente, não alteraram, porém, o limite de dois mandatos seguidos.