SÃO PAULO, SP – As chuvas registradas na tarde de sexta-feira (19) ajudaram o Cantareira a manter o nível de suas represas após uma sequência de quatro dias de queda. Segundo dados da Sabesp, foi registrado 1,1 mm (milímetros) de chuva no sistema, que continua com 6,7% de sua capacidade. Apesar disso, outros quatro reservatórios tiveram queda de sexta para sábado (20). O Alto Tietê, que está em estado crítico assim como o Cantareira, teve seu volume diminuído de 10,4% para 10,3%. Apenas o sistema Guarapiranga teve aumento de sua capacidade, registrando um salto de 35,5% para 35,7%. O Cantareira é responsável pelo atendimento de 6,5 milhões de pessoas na Grande São Paulo e já opera com a segunda cota do volume morto (água do fundo do reservatório que não era contabilizada). Apesar de não ter registrado queda de seu volume, ele continua sem ampliar naturalmente o seu nível de água há mais de oito meses. O Alto Tietê, que também está em estado crítico, abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo. Com a adição do volume morto no dia 14 de dezembro, o sistema ganhou volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de SP). TAXA EXTRA Em meio à estiagem e com os principais reservatórios sob risco de colapso,o governador Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu nesta semana cobrar sobretaxa na conta de água dos “gastões”, como o governador paulista chama os que desperdiçam. A medida afetaria aqueles que ampliarem o consumo de água em relação à média de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014, mas só valerá depois de uma audiência pública marcada para o final no mês pela Arsesp (agência reguladora estadual de saneamento). Pela proposta, quem tiver um aumento de consumo igual ou menor que 20% em relação à média terá acréscimo de 20% na conta. Já os consumidores que gastarem acima de 20% em relação a sua média terão ônus de 50% na conta.