SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil do Rio ouviu nesta segunda (2) os depoimentos dos nove PMs envolvidos na operação que terminou com a morte de um adolescente, no último dia 20, ação na favela da Palmeirinha, em Honório Gurgel (zona norte). Segundo a polícia, um sargento admitiu ter efetuado disparos contra o grupo em que estava o adolescente. As informações são da Agência Brasil.
A Polícia Civil não quis dar mais detalhes sobre o caso, sob a alegação de que não pode divulgar o conteúdo de depoimentos, mas afirmou que as investigações continuam e uma reconstituição será agendada.
Os PMs podem responder pelos crimes de homicídio e fraude processual, por terem forjado que os jovens estavam armados, o que foi contestado por testemunhas.
O caso ocorreu na sexta-feira (20), quando Alan de Souza Lima, 15, e um grupo de amigos gravavam vídeos com o celular. O acontecimento ganhou notoriedade com a divulgação do vídeo feito pelos jovens durante o tiroteio.
O celular de Alan continuou gravando mesmo após o jovem ser atingido e revelou os feridos no chão e as vozes de dois homens, que seriam policiais. Na ocasião ainda foi baleado Chauan Jambre Cezário, 19, que permanece com a bala alojada no peito.
A PM afastou os policiais envolvidos da corporação e exonerou o comandante do 9º batalhão, tenente coronel Luiz Garcia Baptista. Em nota, o órgão afirmou que a decisão “foi uma decisão do comando da corporação para manter a isenção da investigação que está em andamento sobre a ocorrência do dia 20 de fevereiro”. O 9º batalhão está agora sob o comando do tenente-coronel Carlos Roberto Garcia de Oliveira.