SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) encerrou março com alta de 0,98%. A variação ficou acima da registrada em fevereiro, de 0,27%, e abaixo da verificada no mesmo período do ano passado, de 1,67%. Nos últimos 12 meses, a taxa acumula alta de 3,16%, que é o índice utilizado como base de cálculo em renovações de contrato de aluguel. As informações são da Agência Brasil. O resultado refere-se à coleta de preços feita entre 21 de fevereiro e 20 de março. Dois componentes do IGP-M tiveram elevações com taxas acima das registradas em fevereiro: o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), que subiu de 0,09% para 0,92%, e o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), que passou de 1,14% para 1,42%. O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) apresentou decréscimo, ao passar de 0,5% para 0,36%. Entre os itens do IPA que mais influenciaram o avanço estão as commodities (produtos primários com cotações no mercado internacional). Em média, as matérias-primas brutas aumentaram 2,02% revertendo o movimento de queda registrado em fevereiro (-1,32%). As maiores altas ocorreram nos seguintes produtos: soja em grão (de -6,39% para 8,30%); minério de ferro (de -3,52% para 1,19%) e milho em grão (de -1,08% para 3,75%). Em compensação, caíram os preços da mandioca (de 10,94% para -1,31%) e do café em grão (de 1,50% para -3,23%). A inflação do algodão em caroço diminuiu a intensidade de alta (de 6,41% para 0,49%). Em relação ao IPC, três dos oito grupos pesquisados apresentaram elevações, com destaque para habitação (de 1,19% para 2,93%), influenciado pela tarifa de eletricidade residencial (de 3,68% para 16,84%). Quanto ao INCC, a maior pressão foi exercida pelo aumento médio da mão de obra (de 0,26% para 0,31%). Os preços dos materiais, equipamentos e serviços perderam força, com alta de 0,41%, taxa menor do que a registrada em fevereiro (0,77%).