O Clube Atlético Paranaense apresentou hoje pela primeira vez o teto retrátil da Arena da Baixada, o primeiro da América do Sul. Segundo o clube, o teto retrátil permitirá a realização de megaeventos no estádio sem a preocupação com as condições climáticas. A tecnologia retrátil da cobertura também possibilitará o maior controle de ruídos nestes encontros. Com foco no espetáculo do futebol, o teto retrátil possibilitará o controle meteorológico com a eliminação do risco de jogar com o campo impraticável ou os jogos serem paralisados por chuvas torrenciais.

O teto retrátil é feito de aço galvanizado com cobertura em policarbonato, calhas e rufos em chapas de aço galvanizadas e fechamento vertical em alumínio composto. Possui dois módulos, tendo cada uma a largura de 76m por 49,7m de comprimento, perfazendo uma área de 3.770,20m2 cada (7.554,44m2 total). Cada módulo pesa 280 toneladas, possui dois motores em cada das 12 unidades de material rodante, denominados de bogie, sendo oito deles com rodas duplas e quatro com uma roda. As tampas podem se mover isoladamente ou em conjunto. Elas também podem ser acionadas para fechar parcialmente em 25%, 50%, 75% e 100% de sua área.

O sistema de movimentação é composto de um quadro geral de comando e cinco quadros elétricos, sendo um principal e quatro secundários. A velocidade do sistema retrátil é de 2m por minuto. O tempo necessário para fechar o teto é de 25 minutos, assim como para abri­lo. A operação de controle e comando é realizada remotamente da Central de Operações da Arena da Baixada.

Totalmente automatizado, o sistema é extremamente seguro. Em casos de ventos acima de 50km/h (medidos por anemômetro posicionado na cobertura) e em condições de movimentação do teto, o sistema de segurança é automaticamente acionado e a movimentação é finalizada através de freios hidráulicos.

O projeto e a engenharia desta estrutura de cobertura plana são um marco da engenharia. Poucos países no mundo contam com estádios com coberturas móveis. Com esta, o Brasil entra no rol dos países que oferecem estruturas para megaeventos polivalentes, que podem estar 100% cobertas ou abertas às intempéries. A cobertura da Arena teve seu projeto e execução realizados sob as mais rígidas normas mundiais, com a associação de tecnologias nacionais e internacionais. A partir de agora está apta a operar para atender os mais diferentes propósitos que necessitem de controle climático, totalmente automatizada e dotada de mecanismos de segurança que a tornam um equipamento versátil e extremamente seguro, diz o diretor de projetos e obras da CAP S/A, Luiz Volpato.

A construção do teto retrátil da Arena da Baixada foi idealizada pelo Arquiteto Carlos Arcos e realizada pela CAP S/A. O fornecimento e supervisão da montagem dos equipamentos de movimentação do teto (projeto e fabricação) foram realizados pela empresa espanhola LANIK. Ainda não há previsão de inauguração do teto retrátil para megaeventos sendo este um dos pontos fortes do planejamento e sua instalação do Clube Atlético Paranaense.