Os 752 estudantes do Colégio Estadual Vila Macedo, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, voltaram à rotina de estudos. Desde a última sexta-feira (8) a escola retornou às atividades pedagógicas, apesar da greve dos professores desde o dia 27 de abril.

O diretor Gilmar Luís Cordeiro convocou os profissionais do colégio e pais dos alunos para uma conversa sobre a retomada das aulas, apesar de o sindicato que representa os professores da rede estadual manter um movimento de paralisação que já dura 17 dias.

Decidimos atender ao clamor dos pais e alunos e estamos fazendo nosso papel de cidadania, quando as reposições acontecerem, um dos primeiros tópicos que vamos trabalhar com os alunos é justamente a cidadania, afirmou o diretor.

O professor disse que o colégio vai trabalhar com os alunos a importância das greves, do movimento sindical e dos grêmios estudantis. Como cada segmento tem seu papel na sociedade.

Reação — O retorno às aulas no Colégio Vila Macedo não agradou a todos. A escola passou a ser hostilizado em redes sociais.

O diretor chegou a conversar pessoalmente com representantes do sindicato. Sou solidário ao movimento sindical, também sou sindicalizado, porém, é um direito do cidadão, do servidor do Estado ou de qualquer entidade ou segmento vir trabalhar. Ninguém pode cercear isso e se acontecer, daí sim será um regime antidemocrático, desabafou o diretor.

Além do direito de trabalhar, Gilmar Luís ressaltou o direito dos estudantes a terem aulas. Não podemos nos esquecer que, na outra ponta, existem pais e alunos. As reivindicações sindicais e trabalhistas serão resolvidas em nível jurídico e de sindicato, mas temos que pensar, sim, nos nossos alunos.