Nas fases iniciais não apresenta sintomas e pode levar à cegueira irreversível se não diagnosticado a tempo. Dados médicos mostram que o glaucoma é a maior causa de cegueira nos países mais avançados em saúde pública, como os EUA e os países da Europa, e no Brasil, perde apenas para a catarata. “Normalmente a pessoa não sente dor e por isso é perigoso, pois leva à lesão do nervo óptico ocasionando a perda de campo visual ao longo dos anos. Quando se percebe, já existe um grande avanço da doença”, explica o oftalmologista Dr. Leon Grupenmacher, especialista em cirurgia de implante.

O que caracteriza o glaucoma é o aumento da pressão dos olhos. O Dr. Leon explica que quando não há controle dessa pressão ocorre uma lesão no nervo óptico, que é responsável por fazer a pessoa enxergar. A doença é mais comum após os 40 anos, em pessoas negras e em diabéticos. Pode também atingir bebês desde o nascimento – glaucoma congênito. “Os filhos de pais glaucomatosos devem estar mais atentos, pois há nesses casos a característica familiar”, observa o especialista.

Os sintomas mais comuns são percebidos nos estágios avançados da doença, como a perda da visão lateral, visão embaçada, dores de cabeça e dor intensa nos olhos. A pessoa não consegue realizar atividades simples como andar ou ler. Nos casos mais graves há ainda a dificuldade de enxergar outras pessoas, enxerga apenas vultos e tem dificuldade de desviar objetos.

O glaucoma atinge os dois olhos e pode ser diagnosticado por exame oftalmológico de rotina, medindo a pressão dos olhos. O tratamento mais comum da doença é o uso de colírios. Em casos mais extremos é indicada cirurgia, que baixa a pressão dos olhos. “Não existe cura para o glaucoma e sim o controle. A pessoa deve ter acompanhamento o resto da vida”, salienta o Dr. Leon.

Segundo o oftalmologista é possível evitar as conseqüências da doença com a prevenção. “As consultas periódicas são importantes para detectar o glaucoma no início e, infelizmente, não há nada que possa evitar o surgimento da doença”, esclarece.