GIBA BERGAMIM JR. E FÁBIO TAKAHASHI SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Mais de 60% das unidades da USP no Estado pretende aderir ao Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), segundo o pró-reitor de graduação da instituição Antonio Carlos Hernandes. A ideia é separar 15% das vagas para entrada na universidade via Sisu – sistema de seleção unificada que distribui vagas utilizando a nota do Enem. Entre as 28 de 42 unidades – que reúnem 245 cursos – da instituição que aceitaram estão Medicina, FEA (Economia e Administração), Largo São Francisco (Direito) e FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas ) na capital paulista, além de várias no interior: os institutos de Física, Informática Arquitetura e Urbanismo de São Carlos, todas as unidades do campus de Ribeirão Preto, a Esalq (Piracicaba), Bauru e Pirassununga. Entre as contra estão a ECA (Escola de Comunicação e Artes), que já se posicionou à pró-reitoria de Graduação e a Poli (que não respondeu formalmente, mas já vem afirmando extraoficialmente que não vai querer, segundo Hernandes). A adesão ao modelo federal de ingresso a universidades passou a ser discutida na universidade com mais intensidade neste ano. Segundo a assessoria de imprensa da USP, para que o modelo seja implementado é necessária ainda a aprovação de dois conselhos: de graduação e universitário. “Isso é uma decisão [da USP, como instituição]”, disse Hernandes, ressaltando porém que a definição só acontece após a reunião do conselho, que confirmará também o percentual de vagas. A próxima reunião do conselho universitário está prevista para o próximo dia 12. Ali será definida a quantidade de vagas para a Fuvest e quais cursos terão adesão ao Sisu. A ampliação das formas de ingresso de estudantes à USP foi abordada pelo reitor da USP, Marco Antonio Zago, durante a abertura do Primeiro Congresso de Graduação da USP, que contou com palestra do prefeito de São Paulo e professor da universidade, Fernando Haddad (PT), que implementou o Enem quando era ministro da Educação.