SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta terça (26) que conseguiu manter “um bom diálogo” com os Estados Unidos após a Cúpula das Américas, quando ele se encontrou com o mandatário americano, Barack Obama. A relação entre os dois países, que é reduzida desde o governo de Hugo Chávez, piorou mais em março, quando Washington considerou o país sul-americano uma ameaça à sua segurança e anunciaram sanções a chavistas. Em discurso em programa do canal estatal VTV, Maduro disse que o encontro informal com o Obama e a visita do conselheiro do Departamento de Estado americano Thomas Shannon em abril fizeram com que a relação melhorasse. “Cumprimentei o presidente Obama, conversamos e ali estabelecemos um mecanismo que vem funcionando, de conversas, para regularizar, sob a base do respeito, da igualdade entre Estados, do direito internacional, nossas relações”. Para ele, porém, a aproximação tem muitos inimigos, sendo os principais a oposição venezuelana e os rivais de Obama nos Estados Unidos, que buscam uma intervenção no país sul-americano para danificar o país. “Espero que isso não seja sabotado nem por terroristas na Venezuela nem pela ultradireita extremista dos EUA”, disse Maduro. Apesar de a situação diplomática entre venezuelanos e americanos ter melhorado, nenhum dos dois lados dá sinais de ter cedido significativamente. Em 21 de abril, a secretária-adjunta de Estado para a América Latina, Roberta Jacobson, disse que os EUA estão abertos a aceitar o encarregado de negócios em Washington como embaixador, mas negou o fim às sanções. Por outro lado, o governo de Maduro continua a acusar os EUA de envolvimento em um golpe para derrubá-lo, em associação com a oposição.