Mais investimentos em rodovias federais foi o que defendeu o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, em encontro com o ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, nesta sexta-feira (19), na sede da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).

Richa Filho entregou ao ministro um caderno de reivindicações, mostrando quatro corredores rodoviários prioritários ao Paraná. Outro pedido foi que haja uma definição sobre a ferrovia entre Maracaju (MS) e Paranaguá.

 Com apoio das federações empresariais e de classes, o governo estadual apresenta as prioridades para o Paraná, que vão melhorar a produtividade agrícola do Paraná e de outros estados brasileiros. O ministro sinalizou que vai estudar, o que demonstra um avanço no diálogo, disse Richa Filho.

O secretário considera que houve um avanço no Programa de Infraestrutura e Logística do governo federal, que atendeu apenas um dos corredores rodoviários, que liga com Santa Catarina, formado pelas rodovias BR 476/153/282/480.

No entanto, ele aponta que há oportunidade para que a União possa criar novos corredores rodoviários que irão atender a demanda de logística do Brasil. Vamos atender ao Paraná. O cobertor é curto, mas ninguém vai passar frio. Vamos ver o que é possível atender, disse o ministro Antônio Rodrigues.

Uma deles é o corredor formado pelas rodovias BR-163 e a PR-280, com mais de 350 quilômetros, que atenderia o escoamento de safra do Oeste paranaense, além dos estados do Centro-Oeste brasileiro e o Paraguai. Este é um corredor que vai permitir dar maior valor agregado à produção brasileira e aproximar áreas de produção aos portos paranaenses e catarinenses, disse Richa Filho.

Outro corredor seria formado pela rodovia Transbrasiliana, BR-153. Hoje esta rodovia esta incompleta. Se a União construir o trecho entre Amparo e Imbituva, será possível, segundo análise da Secretaria de Infraestrutura, formar um corredor ligando o Norte Pioneiro ao Sul do Paraná.

O governo estadual ainda quer a construção da BR-101. Atualmente somente o Paraná não tem trecho dessa rodovia, que margeia toda a região litorânea do Brasil. A intenção é que a esta estrada possa conectar a Br-116 a BR 376, atendendo a região portuária paranaense.

Também foi pedido que a União conclua as obras da Estrada Boiadeira (BR-487) e a BR-158. Com isto seria possível criar um novo acesso à região Centro-Oeste do Brasil ao Porto de Paranaguá, passando pela região de Porto Camargo, em Icaraíma, indo em direção a Campo Mourão e depois descendo pela BR-158 até Laranjeiras do Sul.

Na reunião, o presidente da Fiep, Edson Campagnolo, pediu agilidade do governo federal para a construção da ferrovia ligando Maracaju (MS) a Paranaguá e uma definição de traçado da ferrovia Norte-Sul. Segundo Campagnolo, o setor produtivo e o governo estadual já apresentaram estudos e, por isto, a União já teria subsídios para lançar o projeto da ferrovia de Maracaju. O ministro se comprometeu em marcar uma reunião com Agência Nacional de Transportes Terrestres para acelerar este processo.