PAULO ROBERTO CONDE, ENVIADO ESPECIAL KAZAN, RÚSSIA (FOLHAPRESS) – Ana Marcela Cunha, 23, conquistou sua segunda medalha no Mundial de Kazan nesta quinta-feira (30), ao ajudar a equipe brasileira a ser prata na prova de 5 km por equipe. Com o feito, a baiana estendeu uma rotina: ir ao pódio em competições internacionais promovidas pela Fina (Federação Internacional de Natação), as mais importantes do mundo. Segundo o técnico da atleta, Fernando Possenti, já são 12 pódios consecutivos em eventos em nível mundial. Ele garantiu que se trata de um recorde de regularidade e que vai mandar um pedido para que a Fina homologue como tal. “Desde que começamos a trabalhar juntos, em janeiro de 2013. Tenho um levantamento e, das 17 etapas de Copa do Mundo de que a Ana participou, foi ao pódio 13 vezes e ganhou sete ouros”, afirmou Possenti, que comanda os treinos da baiana no Sesi, em São Paulo. Ana Marcela é atual campeã do circuito da Copa do Mundo e foi eleita a melhor maratonista aquática do mundo. Neste Mundial de Kazan, ela também foi bronze na prova de 10 km, que é olímpica, o que a garantiu nos Jogos do Rio-2016. Ele disse que a grande guinada da atleta foi “comprar a ideia” proposta. “Sou chato. Enquanto ela não faz o que eu quero, o treino não acaba”, contou. “É como se eu colocasse a salsicha na frente do cachorro. Sempre faço ela correr atrás.” Depois da prata na prova desta quinta -a equipe terminou empatada com a Holanda e atrás da Alemanha, ouro-, o técnico avisou que ela treinaria, sem refresco. No sábado (1º), Ana Marcela disputará os 25 km no Mundial, distância da qual já foi campeã mundial em 2011. “Ela não vai relaxar, vai fazer treino de força”, afirmou. Valem até táticas alternativas. “A Ana, às vezes, nada amarrada a um paraquedas para fazer estímulo. Antes de começarmos a trabalhar juntos, ela tinha algumas deficiências técnicas, parecia um ventilador. Hoje, está muito melhor.”