SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Alemanha, um dos destinos mais visados pelo enorme contingente de refugiados que tem chegado à Europa nos últimos meses, teve neste fim de semana uma onda de mensagens de torcedores que são a favor dos imigrantes.
A frase “bem-vindos, refugiados” foi vista em vários estádios, como na vitória do Bayern de Munique sobre o Bayer Leverkusen, por 3 a 0, e do Borussia Dortmund contra o Hertha Berlim, por 3 a 1.
Na semana passada, o Dortmund chegou a convidar 220 refugiados para o jogo contra o Odds, da Noruega, pela Liga Europa.
O governo alemão estima que, até o fim do ano, 800 mil pessoas cheguem ao país para ficar –o equivalente a quase 1% de sua população.
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Neste domingo (30), o ministro do Interior, Thomas de Maiziere, afirmou que a Alemanha não poderá lidar com este número de refugiados por muito tempo. “No longo prazo, 800 mil refugiados são demais”, disse.
A Alemanha já é um país muito procurado por imigrantes que saem da região dos Bálcãs. Agora, é também pela multidão de sírios e afegãos que chegam ao continente fugindo de conflitos.
Nos últimos quatro anos, a Europa já enviou de volta mais de 1 milhão de imigrantes, sendo 252 mil só em 2014. Albaneses, paquistaneses e ucranianos representaram 28% dos expulsos.
Nos primeiros três meses deste ano, 64 mil pessoas foram obrigadas a deixar os países europeus -3% a mais que no trimestre anterior. Destes, 4.000 eram sírios.