SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente) fechou duas unidades em São Paulo para reduzir gastos. Com isso, os pacientes foram encaminhados para outras unidades.
A instituição sem fins lucrativos foi criada há 65 anos na capital paulista e oferece tratamento e reabilitação para pessoas com deficiência e os reinsere na sociedade. A entidade tem 15 unidades – 8 no Estado de SP, 2 em MG e as outras distribuídas por PE, PB, RJ, RS e SC.
Desde quarta-feira (30), as unidades Campo Grande (zona sul) e Santana (zona norte) deixaram de funcionar. Segundo a AACD, o fechamento aconteceu para reduzir gastos, principalmente os administrativos, como os relacionados a água e luz.
A unidade de Campo Grande atendia a 90 pacientes e funcionava por meio período. Os pacientes foram encaminhados para a unidade Ibirapuera (zona sul). A unidade de Santana atendia a 200 pacientes e funcionava em período normal. Os pacientes foram transferidos para unidade da Mooca (zona leste).
A entidade firmou parceria com a Prefeitura de São Paulo para que os pacientes transferidos sejam atendidos pelo serviço de transporte Atende, gratuito e voltado para pessoas com deficiência.
A AACD recebe repasses federais há 14 anos, pois cerca de 90% dos seus pacientes são do SUS (Sistema Único de Saúde). Porém, segundo a associação, o valor é o mesmo desde 2008 – a informação não foi confirmada pelo Ministério da Saúde.
De acordo com a pasta, são repassados anualmente R$ 648 mil para custear o funcionamento da oficina ortopédica da AACD, além do pagamento para aquisição de produtos, materiais de adaptação e manutenção de aparelhos. Essas verbas são repassadas por meio do fundo municipal.
O ministério repassa também R$ 11 milhões por ano para a prefeitura financiar procedimentos relacionados a próteses ortopédicas, auditivas, oftalmológicas e que auxiliam na locomoção. O valor é destinado a todos os serviços de São Paulo, incluindo a AACD.
Informações sobre doações à AACD podem ser conferidas no site da instituição.