A Patrulha Maria da Penha e a Secretaria da Mulher apresentaram, nesta quinta-feira (08), no Tribunal de Justiça do Paraná, para a Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid), os resultados de sua atuação junto às mulheres curitibanas, desde a sua implantação, em março de 2014.

De acordo com a inspetora Cleusa Pereira, coordenadora da Patrulha Maria da Penha, desde a sua criação, já foram realizadas 5.839 visitas a 3.100 mulheres e 56 encaminhamentos de agressores, presos em flagrante, à Delegacia da Mulher. Nestes 18 meses de trabalho da Patrulha, o índice de reincidência de violência contra as mulheres que possuem medidas protetivas, caiu a zero, informou ela.

A secretária da Mulher, Roseli Isidoro, destacou a importância da parceria entre a Prefeitura de Curitiba e o Tribunal de Justiça, para o sucesso do serviço. Os resultados apresentados hoje mostram a relevância e a consolidação de uma parceria que possibilita e dá eficiência ao trabalho dos agentes da Guarda Municipal que integram a Patrulha Maria da Penha. disse. Nosso modelo deu tão certo que outras cidades brasileiras tem solicitado nosso projeto, acrescentou.

Segundo a secretária, neste período, a Patrulha tem se mostrado eficiente no propósito de dar mais segurança, acolher e proteger aquela mulher que tomou a difícil decisão de denunciar seu agressor.

O vice-presidente do Tribunal de Justiça, Fernando Wolff Bodziak, elogiou o trabalho dos agentes da Patrulha Maria da Penha e disse que não haveria como dar errado um trabalho desenvolvido por uma equipe guerreira, comprometida e bem focada, como a da Guarda Municipal de Curitiba.

Na oportunidade, foi apresentada a nova juíza do Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Márcia Margarete do Rocio Borges, em substituição à juíza Luciane Bortoleto que ficou à frente do juizado por mais de oito anos.

Para Roseli Isidoro, a atuação de Luciane Bortoleto foi fundamental para a efetivação do trabalho da Patrulha Maria da Penha. A juíza recebeu do inspetor Cláudio Frederico, diretor da Guarda Municipal, uma insígnia da corporação, pelo reconhecimento de seu trabalho em favor da mulher em situação de violência.

A Patrulha leva o nome da lei Maria da Penha (lei 11.340/2006) que trata da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. É um serviço de atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica que possuem medidas protetivas de urgência expedidas pelo Judiciário. São 15 guardas municipais que trabalham em quatro viaturas caracterizadas que fazem visitas periódicas a essas mulheres. Além dessa equipe, já foram capacitados mais de uma centena de agentes que estão aptos a trabalhar na Patrulha.

Estiveram presentes a desembargadora Denise Kruger, da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid); o desembargador Robson Marques Cury, corregedor de Justiça; a promotora de justiça, Mariana Seifert Bazzo, coordenadora do Núcleo de Promoção da Igualdade Etnico Racial (Nupier) e do Núcleo de Promoção da Igualdade de Gênero (Nupige) do Ministério Público do Paraná, e Sandra Lia Leda Bazzo Barwinski, presidente da Comissão de Estudos sobre Violência de Gênero (Cevige) da Ordem dos Advogados do Brasil.