Nomes como Sarney, Murad, Castelo e Lobão são comuns em prédios públicos e escolas do Maranhão. Isso, no entanto, está prestes a acabar. É que o governador Flávio Dino (PCdoB), assim que assumiu o governo em 2015, proibiu que o patrimônio estadual receba o “batismo” de pessoas vivas e também vetou que os bens públicos sejam nomeados em homenagem a pessoas responsabilizadas por violações aos Direitos Humanos durante o regime militar.

A medida, uma das primeiras anunciadas por Dino, em 1º de janeiro do ano passado, agora começa a surtir efeito. É que no último dia 4 de janeiro o decreto 31.4690 trocou as denominações de 37 estabelecimentos da rede estadual de ensino que homenageavam pessoas vivas e deu a eles nomes de personalidades que já morreram, como os ex-deputados João Evangelista e Júlio Monteles e até mesmo o cientista Albert Einstein.

Quem mais perdeu com as mudanças foi o ex-presidente José Sarney: sete homenagens em diferentes municípios marananhenses foram retiradas. Outros “afetados” são os ex-governadores Edison Lobão – atual senador e ex-ministro de Minas e Energia – (três), Roseana Sarney (três), João Alberto de Souza (duas) e João Castelo (uma) também tiveram seus nomes trocados, assim como a ex-secretária de Educação Leda Tajra (cinco), o ex-deputado federal e ex-proprietário da Rádio e TV Difusora Magno Bacelar, o ex-vice-presidente da República e ex-governador de Pernambuco Marco Maciel.