O lateral-direito Nei, 30 anos, afirmou que tem propostas de clubes da primeira divisão nacional para 2016. O jogador foi dispensado pelo Paraná Clube na segunda-feira (dia 25) à noite. O contrato dele termina antes da Série B e não houve interesse da diretoria na renovação. Três, quatro clubes me ligaram logo depois que saíram notícias sobre a minha saída, disse, para a rádio Transamérica.

Nei afirmou que ainda vai avaliar as propostas e agradeceu o Paraná pela oportunidade de jogar o Paranaense 2016. Sobre a saída do clube, afirmou que chegou a ouvir o comentário que ele apresentou dificuldades na marcação. Cada um tem a sua opinião e enxerga como quiser. Estou saindo tranquilo. O que sempre falaram muito bem de mim foi a marcação, disse ele, que chegou a jogar como zagueiro no Atlético, com o técnico Antonio Lopes.

A ligação com o Atlético, aliás, foi a maior polêmica da dispensa do lateral. Ele jogou no clube rival de 2007 a 2009. Nos clássicos de 2016, o jogador foi aplaudido pela torcida do clube rubro-negro e retribuiu com um aceno. Sites chegaram a publicar que Nei foi dispensado no vestiário da Vila Capanema, minutos após o jogo do último domingo, por causa dessa atitude.

O diretor de futebol do Paraná, Durval Lara Ribeiro, o Vavá, e Nei negaram essa versão. No entanto, o jogador não descartou que esse fato possa ter pesado na decisão da diretoria. Respeito você conquista e tem que ser grato por isso. A cabeça tem que ser pequena para quem julgou essa atitude, comentou.

Nei disse ter ficado triste ao ouvir comentários que teria errado o pênalti contra o Atlético, no domingo, de propósito. Quem conhece meu caráter sabe que eu jamais iria errar de proposito. Eu bati da mesma forma que eu treino, afirmou. Foi felicidade do Weverton, infelicidade minha. Se tiver que bater, bato de novo. Posso pecar pelo excesso, nunca pela omissão, comentou. Trabalhei com o Weverton no Corinthians. Ele me conhece. É um goleiro muito rápido. Tentei bater alto, mas não peguei bem na bola. Queria chutar mais alto, explicou.

O lateral também contou sobre seu vínculo com a torcida rubro-negra. Eu jamais vou virar as costas para a torcida do Atlético. Foi um marco na minha carreira quando eu fiquei machucado um ano e quando voltei fui aplaudido, com gritos de ‘o guerreiro voltou’, ‘o deus da raça voltou’, relatou.