Estamos vivenciando um período de grande transformação. Chegamos à era tecnológica, em que a informática e a comunicação globalizada têm influenciado o nosso dia a dia, estando cada vez mais presentes na vida das pessoas. O mundo está mudando, e isso é perceptível quando passamos a analisar como o ser humano tem se comportado frente a essas mudanças.
Segundo dados da União Internacional das Telecomunicações, órgão vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU), o número de internautas no mundo já chega a 3,2 bilhões, ou 42,4% da população mundial. E no Brasil, o percentual é ainda maior. A pesquisa TIC Domicílios 2014 apontou que há no País cerca de 94,2 milhões de usuários da rede mundial, correspondendo a 55% da população.
Essa mesma pesquisa também aponta que os indivíduos que mais acessam a rede têm entre 16 e 34 anos, sendo que os usuários diários representam 84% daqueles entre 16 a 24 anos e 85% dos que têm de 25 a 34 anos. E são eles, os jovens, os principais responsáveis por movimentar o uso das novas tecnologias disponíveis por aplicativos. Daqui a alguns anos, muitos desses jovens estarão à frente de grandes companhias do mundo todo, serão líderes, grandes executivos e formadores de opinião. Se atualmente eles já são exigentes e promovem grandes mudanças tecnológicas, imaginem o que não virá por aí.
O Waze já aposentou o GPS e o Netflix as antigas locadoras de vídeo. Aplicativos como o Uber ou o AirBnB transformaram a forma como o consumidor pode ter acesso a produtos e serviços de qualidade. Pegar um táxi, pedir uma pizza, pagar contas ou locar um apartamento em temporada de férias já não são tarefas feitas da mesma maneira após a criação de aplicativos que compartilham casas, transporte e até coisas, mudando a forma de consumo por meio da tecnologia.
Se, para os jovens, o uso dos aplicativos já está incorporado, ainda existem muitas pessoas que não estão familiarizadas com tanta tecnologia, ou, por opção, preferem realizar atividades de forma mais tradicional. Para pessoas com mais idade, certas tarefas ainda causam insegurança ao serem realizadas sem a necessidade do contato pessoal, apesar de a internet já ter despertado maior interesse nesse público, que está buscando aprender a fazer uso dessa ferramenta.
Embora ainda haja essa barreira, a tendência é que esse cenário de insegurança por parte das pessoas se reverta ao longo dos anos, amadurecendo o mercado digital e fazendo com que as empresas invistam ainda mais nesses recursos que podem se tornar diferenciais significativos para o sucesso dos empreendimentos, principalmente quando se trata de relacionamento com o cliente, que está cada vez mais exigente.
Chegamos a um ponto em que não podemos recuar frente à evolução tecnológica. É preciso saber como lidar com tantas novidades, além de reconhecer que, em um período de transição tecnológica, as corporações devem se adequar a essas mudanças e investir em tecnologia para se comunicar com diferentes perfis. É a velocidade com que a empresa consegue atender às novas demandas de seus clientes que irá determinar seu nível de competitividade. E, em um mercado cada vez mais competitivo e globalizado, ninguém vai querer ficar de fora.

João Oliveira é presidente da empresa DBMaster, especialista em tecnologia da informação, sediada em Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba