A Linha Verde está passando por um processo de reformulação e modernização em seu sistema de iluminação pública. Após o término dos trabalhos no trecho de oito quilômetros entre o viaduto Marechal Floriano e a Rua Izaac Ferreira da Cruz (Pinheirinho) – onde foram implantadas luminárias de alto rendimento de vapor metálico (cor branca) em substituição aos modelos antigos – chegou a vez do trecho entre os viadutos da Marechal Floriano e da BR-277. A empresa vencedora da licitação deverá ser homologada em julho com início dos trabalhos na sequência.

Nesta fase de intervenções na Linha Verde, serão adotadas novidades no sistema de iluminação pública com a implantação de sistemas de telemetria e automação, dentro do conceito de smartcity (cidade inteligente), e instalação de luminárias LED, além de ações para amenizar o furto de equipamentos, principalmente de cabos que tem comprometido a iluminação na via.

Para esta nova fase serão investidos aproximadamente R$ 2,5 milhões envolvendo aquisição de luminárias e lâmpadas LED, infraestrutura para a instalação dos equipamentos e implantação do sistema inteligente (telemetria e automação). Após iniciados os serviços, o prazo para finalização é de cinco meses.

Com a utilização do sistema inteligente e o LED estima-se uma redução de quase 50% no consumo de energia elétrica no referido trecho.  A potência implantada com sistema de automação é de 352,6 MWh por ano, sendo que em um projeto convencional resultaria em consumo de 692,6 MWh, explicou o diretor de iluminação da Secretaria Municipal de Obras Públicas, Fábio Ribeiro de Camargo.

Serviços

A iluminação pública na Linha Verde desde a sua implantação sofre com problemas de apagões, principalmente devido ao constante furto dos cabos de energia para a retirada do cobre e posterior venda do material. Por isso há necessidade de intervenções da gestão municipal. Para tanto, o projeto desenvolvido pelo Departamento de Iluminação prevê, além da troca de cabeamento e instalação de nova rede de cabos subterrânea, a execução de valas mais profundas para passar a fiação e posterior envelopamento com concreto. Outra medida importante é a substituição dos cabos de cobre por cabos elétricos de liga de alumínio, que tem baixo valor comercial devido a dificuldade de reciclagem. Com essas medidas esperamos reduzir o furto de cabos na Linha Verde, o que tem comprometido a luminosidade em trechos da via, comentou Camargo.

No projeto desenvolvido pelos engenheiros eletricistas da secretaria, o trecho da Linha Verde vai receber intervenções de iluminação pública nas vias principais, canaleta de transporte coletivo, vias locais e ciclovia. Serão instaladas 262 luminárias com lâmpadas de 300 watts de potência nas vias principais e canaletas de ônibus, 123 luminárias com lâmpadas LED de 100 watts de potência nas alças e vias locais e 194 luminárias com lâmpadas LED de 60 watts nas ciclovias. Ressalta-se que o projeto luminotécnico foi adequado ao posteamento atualmente existente.

A grande novidade, no entanto, é a implantação de sistemas de telemetria e automação (sistema inteligente) para a iluminação pública da via. Pela telemetria vai ser possível a captura de informações de forma contínua e cujos dados serão transmitidos entre postes, por rádio frequência, até um concentrador que, por sua vez, está conectado a rede de fibra ótica corporativa do Município. O sistema também poderá informar o estado das luminárias em caso de mau funcionamento, consumo ponto a ponto, perda de energia entre outras funções. Mas a telemetria não se limita apenas a iluminação pública. Pode capturar dados sobre emissão de gases e partículas poluentes no ar, ruído, contagem de veículos (carros bicicletas, caminhões) e dados metereológicos, por exemplo, explica o engenheiro eletricista Marcos Padovani.     

A automação vai permitir o ligar/desligar remotamente do sistema de controle de iluminação pública do município, sediado na Secretaria de Obras, e que está conectado ao Sistema de Informação Geográfico (SIG) que está em fase final de implantação e em uso pelo Departamento de Iluminação da Prefeitura.

Também será possível a dimerização das luminárias, que nada mais é do que baixar ou elevar a potência das luminárias dependendo de determinadas ocasiões, como aumento ou diminuição do fluxo de veículos a ocorrência de acidentes na via. Com a telemetria e automação poderemos ter uma infinidade de aplicações, basta a implantação de novos sensores. È uma nova fase para a iluminação pública de Curitiba, afirmou Camargo.