RAFAEL RIBEIRO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A enfermeira Fernanda Sante Limeira, 35, foi morta a tiros na manhã de sexta-feira (22) enquanto chegava para trabalhar na UBS (Unidade Básica de Saúde) da República (região central). Seu ex-marido foi preso em flagrante sob suspeita de matá-la enquanto tentava fugir na estação Anhangabaú do metrô, segundo a polícia. De acordo com o boletim de ocorrência, o também enfermeiro Ismael dos Santos Praxedes, 37, se passou por paciente e, ao ver Fernanda chegar, às 7h, saiu da fila de triagem, sacou a pistola calibre 380 que portava e atirou quatro vezes. Praxedes confessou, segundo a polícia, que saiu de Ribeirão Preto (313 km de SP), onde mora, apenas para assassinar a ex-mulher. Em seu depoimento, ele disse “que não via outra saída” para encerrar as brigas que os dois tinham desde 2010, quando se separaram após seis anos casados. O motivo do crime é a guarda da filha, de 5 anos -Fernanda teria, no início deste ano, proibido Praxedes de ver a criança. Desde então ele ameaçava a ex-mulher de morte, segundo a polícia. Desde 2010 os dois trocavam acusações -que nunca se provaram verdadeiras. Em abril de 2013, por exemplo, Praxedes procurou a polícia para afirmar que dois homens enviados pela enfermeira haviam tentado matá-lo na porta de casa. Praxedes também mandou e-mails acusando o namorado de Fernanda de estuprar e agredir a filha do casal. O enfermeiro foi detido com a passagem de volta para sua cidade já comprada. A pistola estava registrada em seu nome, mas ele não tinha porte. A reportagem não conseguiu falar com o advogado nem com familiares do acusado.