Uma pesquisa nacional feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) comprova que o homem também deixa de economizar e até mesmo se descontrola na hora das compras de produtos ou serviços relacionados a beleza e estética. Cerca de um quarto (25,4%) dos brasileiros entrevistados afirmam já ter deixado de guardar dinheiro para esse tipo de consumo e outros 6,5% já deixaram até mesmo de cumprir compromissos financeiros para priorizar estas compras.

De uma forma geral, a pesquisa constata o que muitos pensavam acontecer apenas com as mulheres, o orçamento dos homens também sofre forte impacto em função dos gastos provenientes com os cuidados pessoais e de beleza, diz o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli. A vaidade e preocupação com a aparência física, se não bem administradas, podem prejudicar a saúde financeira dos consumidores, afirma.

Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, ainda há um mercado enorme a ser conquistado com foco no segmento masculino. A pesquisa é um indicativo de que empresários do ramo de beleza precisam investir em itens capazes de corresponder às expectativas de qualidade do público masculino, pois eles estão consumindo cada vez mais produtos e serviços de beleza, sejam invasivos ou não. Além dos produtos de consumo básico, há espaço para empresas que sejam inovadoras e tenham plataformas de vendas modernas, seja por e-commerce ou aplicativos, analisa Kawauti.

Considerando a demanda de produtos desse segmento para os próximos três meses, os mais significativos são roupas, calçados e acessórios (47,2%), produtos relacionados aos cuidados com os cabelos, unha e barba (36,2%) e cosméticos em geral para pele, corpo e cabelos (32,7%). Já em relação aos tratamentos de maior valor financeiro que os entrevistados desejam realizar pelos próximos 12 meses, os mais mencionados são clareamento dentário (23,1%), aparelho ortodôntico (20,7%) e porcelana nos dentes (12,6%).

Aproximadamente 73,4% dos entrevistados buscam informações antes de adquirir produtos e serviços relacionados à beleza e estética. As principais fontes para a pesquisa são amigos e familiares (44,6%), seguido por sites especializados (38,8%) e redes sociais (17,6%).