BRUNO BRAZ E DANIEL BRITO
RIO DE JANEIRO, RJ E BRASÍLIA, DF, (UOL/FOLHAPRESS) – Ainda em dificuldades financeiras por conta de dívidas antigas, o Vasco sofreu um novo baque nesta quinta-feira. Em decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o clube teve seu recurso negado e a condenação mantida de passar seis meses sem benefícios fiscais por ter ferido o Estatuto do Torcedor.
O caso em questão ocorreu há dez anos, na semifinal da Copa do Brasil de 2006 contra o Fluminense, quando Eurico Miranda também era o presidente cruzmaltino. Na ocasião, de acordo com o Ministério Público do Rio, o Vasco descumpriu o que prevê a Lei 10.671/03 , comercializando ingressos fora do prazo e disponibilizando menos pontos de venda que a quantidade mínima.
Segundo a denúncia, ao invés de 72 horas, o Vasco iniciou as vendas 48 horas antes do jogo, e também colocou apenas três pontos de vendas, quando o mínimo exigido são cinco. Nos documentos também contam que em dois pontos os torcedores tricolores tiveram tratamento hostil.
Em contato com a reportagem, o vice-presidente vascaíno, Paulo Reis, alegou ainda não estar ciente da decisão.
“Pelo jeito vocês estão sabendo mais do que eu. Não estou sabendo de nada. Vou procurar saber”, declarou o dirigente, que também não soube dizer quais seriam os benefícios fiscais suspensos.
A defesa do Vasco no recurso solicitava a destituição dos dirigentes em questão.