O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo fará um balanço das ações feitas pela gestão federal até o momento e entregará aos deputados e senadores, sejam eles da base ou da oposição. De acordo com o petista, os congressistas podem continuar “acreditando no que quiserem”, mas têm a obrigação de saber o que acontece no País.

“Mandei preparar tudo o que nós fizemos em 14 meses e vou distribuir para cada deputado na Câmara dos Deputados, e para cada senador. Todos eles vão receber. Quem é do governo, quem não é do governo, quem fala mal, quem fala bem, todos eles”, declarou Lula em cerimônia de inauguração da planta de produção de insulina da Biomm nesta sexta-feira, 26, em Nova Lima (MG). “E eles congressistas têm que saber o seguinte: podem continuar acreditando no que quiserem, mas tem obrigação de saber o que está acontecendo no País deles.”

Na avaliação de Lula, ser presidente da República “não é difícil, é só você fazer o óbvio”. “Aquilo que você diz que sabe fazer antes da campanha, aquilo que você diz que vai fazer quando está em campanhas, tem que colocar em prática”, pontuou. A declaração, porém, expõe contradição à avaliação do ex-presidente Jair Bolsonaro que, em diversas oportunidades, falou sobre as dificuldades do cargo.

No discurso, o chefe do Executivo teceu elogios ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dias após ter cobrado o ministro a conversar mais com o Congresso Nacional. Lula enalteceu o trabalho de Haddad na elaboração do programa Desenrola, de negociação de dívidas, e do programa Acredita, de crédito, lançado nesta semana pela gestão federal.

Segundo Lula, Haddad deverá ganhar dois prêmios Nobel de Economia para elaboração de ambos os programas. “Quem disputa o Prêmio Nobel de Economia já está devendo dois prêmios a você. Você não foi indicado ainda, mas quem sabe, eles indicam um dia”, disse o presidente.