A Renault renova sua linha de motores produzida na fábrica de São José dos Pinhais (PR). A marca passa a equipar todos os seus modelos feitos no País com os novos propulsores SCe 1.0 e 1.6. A maior novidade é o 1.0 SCe, um tricilíndrico, que faz sua estreia global aqui e futuramente deve equipar modelos Renault e Nissan na Europa e outros países. O motor foi desenvolvido pela engenharia brasileira da Aliança Renault-Nissan, com ajuda da matriz na França e de engenheiros da equipe de Fórmula 1 da marca, que vieram ao Brasil para ajustar melhor a calibração do duplo comando variável de válvulas na admissão e no escape. O três-cilindros com bloco, cabeçote e cárter de alumínio é 20 quilos mais leve do que o 1.0 anterior de quatro cilindros da marca, produzido no País desde 2001. De acordo com a Renault, o 1.0 SCe oferece 90% do torque máximo de 10,5 kgfm já a 2.000 rpm, um ganho de 15% sobre o antecessor. A potência aumentou um pouco, 2 cavalos, para 82 cv com etanol e 79 cv com gasolina, o que faz dele o segundo mais potente do mercado (com álcool ele divide a posição com o EA 211 da Volkswagen, mas fica pouco à frente quando abastecido com gasolina). Na prática o novo propulsor trouxe vida nova às versões 1.0 do hatch Sandero e sedã Logan, que ficaram mais agradáveis de dirigir e ainda reduziram o gasto de combustível em até 19% e 16%, respectivamente. Os novos motores chegam aliados a outras melhorias periféricas que reduzem o consumo, como direção eletro-hidráulica (que ajudou a reduzir o consumo em 3%) e pneus com baixa resistência ao rolamento em todas as versões do Sandero e Logan. Outro aprimoramento é o câmbio manual agora acionado por cabo, em vez de varetas, que deixa os engates mais fáceis e macios.